Leitura Bíblica: Marcos 1:9-13; Mateus 3:13-17; Lucas 3:21-22; João 1:32-34
Versículos-chave: “Enquanto saía da água, viu o céu se abrir e o Espírito Santo descer sobre Ele como uma pomba. E uma voz do céu disse: ‘Você é meu Filho amado, que me dá grande alegria’.” (Marcos 1:10-11 NVT)
Quando Jesus chegou à região da Galileia, Ele foi batizado por João no rio Jordão. E aqui surge uma pergunta: por que Jesus precisaria ser batizado, se não havia pecado algum a ser confessado?
Jesus veio ao mundo como nosso representante diante de Deus. Ele se fez homem, viveu entre nós, assumiu nossas dores e levou sobre Si, no madeiro, os nossos pecados. Seu batismo não foi motivado por pecados próprios, mas pelos pecados da humanidade que foram imputados sobre Ele.
Há, portanto, pelo menos três razões significativas para o batismo de Cristo. Primeiramente, Ele o fez para satisfazer plenamente a justiça divina (Mateus 3:13-15), cumprindo todos os preceitos que Deus havia estabelecido para o Messias. Em segundo lugar, o batismo foi um marco público, no qual João Batista declarou abertamente que o Salvador prometido havia chegado (João 1:32-34). Por fim, ao ser batizado, Jesus identificou-se plenamente com os pecadores, tornando-se nosso substituto (2 Coríntios 5:21).
Dessa forma, o batismo de Jesus representou não apenas uma identificação com o pecador, mas também foi um momento de aprovação:
“Enquanto saía da água, viu o céu se abrir e o Espírito Santo descer sobre Ele como uma pomba. E uma voz do céu disse: ‘Você é meu Filho amado, que me dá grande alegria’.” (Marcos 1:10-11 NVT)
Nesse momento, percebemos claramente a Trindade em ação: o ministério do Deus Filho começa com o testemunho do Deus Pai e o fortalecimento vindo do Deus Espírito Santo. O Espírito desceu sobre Jesus, conferindo-Lhe unção e poder para a missão que estava por vir. Como Homem, Jesus precisava ser revestido com o poder do Espírito. E o mesmo se aplica aos salvos: o poder do Espírito Santo é absolutamente necessário. Um cristão pode ter várias habilidades, conhecimento e eloquência, mas sem o Espírito Santo tudo se torna sem vida e ineficaz.
Logo após o batismo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, onde foi tentado por Satanás por quarenta dias. Esse confronto não tinha como objetivo expor alguma falha, mas demonstrar que Jesus era impecável. Essa provação fazia parte do plano soberano de Deus desde o princípio.
No Jordão, o Pai deu testemunho da identidade de Jesus como Seu Filho. No deserto, Jesus foi tentado para mostrar que Ele era o Homem perfeito. No batismo, Ele identificou-se com os pecadores. Na tentação, demonstrou Seu poder para redimi-los, ao triunfar sobre o inimigo.
Ser confrontado por tentações faz parte da jornada cristã, mas vale lembrar que Jesus venceu todas elas com perfeição. Quanto mais buscarmos o Senhor, mais seremos provados. A tentação em si não é pecado; o erro está em ceder à tentação. Em nossa própria força, não podemos resistir; contudo, “Deus é fiel, e Ele não permitirá tentações maiores do que podemos suportar. Quando formos tentados, Ele mostrará uma saída para que consigamos resistir” (1 Coríntios 10:13 NVT).