Leitura Bíblica: Gênesis 3:15; 2 Samuel 7:12-16; Lucas 1:32-33; Gálatas 4:4
O Advento do Natal é o período em que os cristãos se preparam para celebrar o nascimento de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, renovam a esperança em Sua segunda vinda. A palavra vem do latim adventus, que significa “vinda” ou “chegada” – a chegada do Salvador prometido. Nesse tempo, a igreja volta os olhos para a encarnação do Filho de Deus, lembrando que o nascimento de Jesus não foi um evento isolado ou meramente comemorativo, mas parte do plano eterno da redenção.
Desde o princípio, Deus anunciou Sua promessa de salvação. Logo após a Queda, o Senhor declarou que o “descendente da mulher” esmagaria a cabeça da serpente, promessa que encontra cumprimento em Cristo:
“Farei que haja inimizade entre você e a mulher, e entre a sua descendência e o descendente dela. Ele lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gênesis 3:15 NVT)
“Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher e sob a lei.” (Gálatas 4:4 NVT)
Ao longo do Antigo Testamento, essa expectativa é progressivamente revelada. Deus prometeu a Abraão que, por meio de sua descendência, todas as famílias da terra seriam abençoadas, promessa reafirmada e cumprida em Cristo (Gálatas 3:16). A aliança feita com Davi confirmava que um Rei eterno se sentaria em seu trono, e o Novo Testamento declara que Jesus é esse Rei prometido (Lucas 1:32–33).
Os profetas anunciaram detalhes impressionantes sobre a chegada do Messias: Seu nascimento de uma virgem, Sua identidade como “Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz” (Isaías 9:6 NVT), Seu nascimento em Belém e Sua missão de trazer salvação não apenas a Israel, mas às nações. Assim, todas as promessas feitas no Antigo Testamento encontram seu cumprimento perfeito na vinda daquele que é o Deus-homem, nascido para salvar “todo o que nEle crer” (João 3:16 NVT).
O Advento, portanto, destaca a fidelidade de Deus à Sua aliança e nos convida a contemplar a profundidade da graça revelada na humilhação do Cristo, que “se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14 ARA). Ao mesmo tempo, esse período não aponta apenas para o passado, mas também para o futuro. Assim como Israel aguardava o Messias prometido, a Igreja hoje vive entre o já e o ainda não: celebrando a salvação já recebida e aguardando sua plena consumação na segunda vinda do Senhor. Assim, o Advento se torna um tempo de profundas reflexões, no qual a igreja contempla o Cristo que veio, e que, em breve, voltará “e não se atrasará” (Hebreus 10:37 NVT).
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