Leitura Bíblica: Atos 17:16-17
Versículo-chave: “Enquanto Paulo esperava por eles em Atenas, ficou muito indignado ao ver ídolos por toda a cidade.” (Atos 17:16 NVT)
Ao tomarem conhecimento de que Paulo estava anunciando a Palavra de Deus em Bereia, os judeus de Tessalônica se deslocaram até lá com o intuito de agitar novamente o povo contra ele. Diante dessa oposição, os irmãos levaram o apóstolo até Atenas, onde ele ficou aguardando a chegada de Silas e Timóteo.
“Enquanto Paulo esperava por eles em Atenas, ficou muito indignado ao ver ídolos por toda a cidade.” (Atos 17:16 NVT)
Numa outra tradução, está escrito:
“Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade.” (Atos 17:16 ARA)
A estadia de Paulo na renomada cidade de Atenas nos traz reflexões importantes sobre os ídolos e nossa relação com eles. Esse mesmo sentimento de repulsa deveria encher nossos corações, não contra as pessoas em si, mas contra a prática da idolatria, uma vez que qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus em nossa vida se torna um falso deus.
A Bíblia apresenta diversos exemplos emblemáticos de idolatria, como o momento em que Raquel furtou os deuses domésticos de seu pai (Gênesis 31:19); a confecção do bezerro de ouro sob a liderança de Arão (Êxodo 32:1-4); e a crítica incisiva de Isaías à insensatez da tradição a imagens esculpidas (Isaías 44:17-20). Esses episódios não se restringem ao passado, pois os mesmos pecados continuam enraizados na humanidade até os dias de hoje.
Toda vez que depositamos nossa esperança ou segurança em algo que não seja o Senhor, incorremos no erro da idolatria, que não é menos grave do que nos ajoelharmos diante de uma estátua. Os ídolos podem assumir diversas formas, sejam eles objetos de culto, desejos desordenados, busca por bens materiais, obsessão por sucesso profissional ou acadêmico, apego excessivo a entes queridos ou qualquer outra coisa que desvie nosso coração de Deus. Qualquer forma de idolatria é uma ofensa ao Criador!
Essa exortação, no entanto, não deve ser vista como uma sentença condenatória para aquele que crê – pois Cristo já removeu toda nossa dívida, mas sim como um chamado ao discernimento e arrependimento. Devemos reconhecer nossa inclinação natural para a idolatria e contrastá-la com o processo de santificação; visto que os ídolos surgem sempre que colocamos nossa fé e devoção em qualquer coisa que não seja Deus.
Por isso, encorajo você a abandonar a falsa segurança dos ídolos e confiar plenamente no cuidado de Deus. Ao invés de tentar controlar as estatísticas, submeta-se ao plano soberano de Deus, que é bom, perfeito e agradável. Ao invés de dizer “Senhor, se não me deres isso, não conseguirei seguir em frente!”; declare com confiança: “O meu Deus suprirá todas as minhas necessidades!”. Substitua a inquietação do querer sempre mais, pela prática da gratidão por aquilo que já recebeu. Essas atitudes certamente te levarão a remover muitos ídolos em seu coração; pois “ninguém pode servir a dois senhores, pois odiará um e amará outro; será dedicado a um e desprezará o outro” (Mateus 6:24 NVT).
Reflita sobre isso!