Leitura Bíblica: Marcos 11:11-14, 20-26
Versículo-chave: “Viu que, a certa distância, havia uma figueira cheia de folhas e foi ver se encontraria figos. No entanto, só havia folhas, pois ainda não era tempo de dar frutos.” (Marcos 11:13 NVT)
No dia seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus teve fome — um claro sinal de Sua plena humanidade. Em Sua natureza humana, Jesus possuía um corpo semelhante ao nosso, exceto pelo pecado. Por isso, quando falamos com Ele sobre nossas dores, cansaço ou sofrimento, Ele nos entende profundamente, pois conhece todas as nossas fragilidades (Hebreus 4:15-16).
“Viu que, a certa distância, havia uma figueira cheia de folhas e foi ver se encontraria figos. No entanto, só havia folhas, pois ainda não era tempo de dar frutos.” (Marcos 11:13 NVT)
O fruto da figueira costuma surgir antes das folhas e, por ser esverdeado, acaba se camuflando entre elas até estar quase maduro. Assim, ao avistarem de longe que a figueira tinha folhas, Jesus e Seus discípulos presumiram que ela também possuía figos, mesmo sendo um período antecipado para que essa árvore geralmente produzisse seus frutos. Portanto, a ausência desses primeiros frutos significava que a colheita habitual provavelmente não ocorreria mais adiante.
“Então Jesus disse à árvore: ‘Nunca mais comam de seu fruto!’. E os discípulos ouviram o que Ele disse.” (Marcos 11:14 NVT)
Apesar de apresentar uma aparência de vida e produtividade por estar “cheia de folhas”, aquela figueira estava improdutiva. O mesmo se dava com a nação de Israel — especialmente no que dizia respeito aos seus líderes religiosos. Por fora, aparentavam santidade e retidão, mas por dentro estavam corrompidos. Sua incredulidade revelava uma vida infrutífera diante de Deus.
Em outras palavras, a figueira dava a impressão de ter algo que, de fato, não possuía. Assim também se encontrava Israel — e, infelizmente, é a realidade de muitos cristãos que vivem de aparência, ostentando uma fé que não têm. Tal como Jesus examinou a figueira em busca de frutos, Ele observa a nossa vida atentamente — e não há como enganá-Lo!
“Na manhã seguinte, quando os discípulos passaram pela figueira que Jesus tinha amaldiçoado, notaram que ela estava seca desde a raiz.” (Marcos 11:20 NVT)
Aquela árvore infrutífera não produziria nem folhas para aparentar vitalidade, seu fim foi total e irreversível. Quando Pedro apontou o ocorrido a Jesus, Ele simplesmente disse aos discípulos: “Tenha fé em Deus” (Marcos 11:22 NVT).
Jesus estava encorajando a confiança em Deus como único meio para vencer os maiores desafios. No entanto, essa fé não pode ser isolada de outras verdades bíblicas, senão correremos o risco de confundir fé com “tentar” a Deus. Oraremos com ousadia sobre qualquer tema, desde que estejamos convictos de que a nossa petição está em conformidade com a vontade de Deus revelada nas Escrituras (1 João 5:14).
Outro aspecto essencial para a oração é a disposição de perdoar. Se mantivermos um coração endurecido e rancoroso em relação aos outros, não podemos esperar que Deus nos ouça. É fundamental manter comunhão com o Senhor e também com os nossos irmãos. Não faz sentido afirmarmos que estamos em paz com Deus se vivemos em constante desavença com o próximo!
Portanto, que as nossas orações não sejam apenas aparências, como a figueira cheia de folhas, mas que procedam de um coração sincero e inclinado ao perdão. Afinal, “se vocês se recusarem a perdoar, seu Pai no céu não perdoará seus pecados” (Marcos 11:26 NVT).