Leia Mateus 7:1,2
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.”
O capítulo 7 do Evangelho segundo Mateus conclui o Sermão do Monte de Jesus, começando com um alerta aos seus seguidores para que evitem fazer julgamentos precipitados sobre os outros. Ele enfatiza que, assim como julgamos os outros, também seremos julgados. No entanto, é importante notar que essa instrução, “não julgueis, para que não sejais julgados”, não impede que um discípulo exerça discernimento.
Os ensinamentos de Cristo encorajam os cristãos a examinar seus próprios pensamentos e atitudes, utilizando suas capacidades mentais para avaliar tudo o que encontram. Isso é evidenciado quando Paulo recomenda: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Tessalonicenses 5:21). Paulo também exorta os coríntios a se avaliarem em relação à fé, incentivando-os a se autoexaminarem: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13:5).
Em Atos 17:11 (leia) vemos os crentes de Bereia examinando as Escrituras para confirmar a veracidade dos ensinamentos dos apóstolos. Jesus também instrui seus seguidores a examinarem as Escrituras: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39).
Assim, o ato de examinar, analisar, pesquisar e buscar discernimento são atividades intelectuais que fazem parte da jornada de um cristão. Julgar, nesse contexto, refere-se à necessidade de avaliar uma situação com uma mente transformada pela Palavra de Deus, a fim de tomar decisões e agir de acordo com os ensinamentos de Cristo.
Além disso, é crucial lembrar que a Palavra de Deus tem um propósito educativo claro. Em outras palavras, o ato de julgar de maneira coerente é necessário para viver uma vida cristã com discernimento e obediência às Escrituras:
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo 3:16,17)
Quando Jesus diz “não julgueis”, Ele está advertindo contra o hábito de fazer suposições prejudiciais sobre os outros. Julgar de maneira injusta e crítica, frequentemente motivada por desejos maliciosos e egoístas, é o que Ele condena. A Bíblia também nos adverte que, se julgarmos onde não nos é permitido (leia 1 Coríntios 4:4,5), enfrentaremos as consequências desse julgamento, pois Deus nos julgará com base nos padrões que estabelecemos para os outros:
“Com o juízo com que julgarmos seremos julgados, e com a medida com que tivermos medido nos hão de medir a nós.”
Portanto, vigiemos e evitemos o julgamento precipitado e injusto, pois não temos nenhum direito de julgar o próximo (leia Tiago 2:13). Assumir o papel de juiz, além de ser uma usurpação do papel de Deus, estabelece o critério pelo qual seremos julgados! Ao invés disso…
“Irmãos, não falem mal uns dos outros. Se criticam e julgam uns aos outros, criticam e julgam a lei. Cabe-lhes, porém, praticar a lei, e não julgá-la. Somente aquele que deu a lei é Juiz, e somente ele tem poder de salvar ou destruir. Portanto, que direito vocês têm de julgar o próximo?” (Tiago 4:11,12 NVT)
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Amei este estudo
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