Leia Mateus 13:30
“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: ‘Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro’.”
Anteriormente, ponderamos sobre a maneira pela qual Jesus, o Mestre por excelência, pacientemente explicou aos Seus discípulos a Parábola do Joio e do Trigo, a erva daninha e a erva proveitosa – representando o cristão verdadeiro e o falso cristão.
O diabo, ao longo da história, tem sido um contínuo opositor à obra de Deus. E, como ele é incapaz de destruir o cristão verdadeiro (a boa semente semeada na terra fértil), ele semeia no meio do povo de Deus o falso crente. Sim, Satanás de fato possui seguidores que, equivocadamente, creem num evangelho deturpado (leia Gálatas 1:6-9); fomenta neles uma justificação ilusória (leia Romanos 10:1-3) e até mesmo uma congregação falsa (leia Apocalipse 2:9). No final dos tempos, ele chegará ao extremo de “produzir” um falso cristo (leia 2 Tessalonicenses 2:1-12).
Dessa maneira, os verdadeiros cristãos e os falsos encontram-se coexistindo na Igreja visível (leia Mateus 13:24-26). Eles crescem juntos, entretanto, o cristão genuíno se distingue, pois foi semeado por Deus e é sustentado por Ele. Ainda assim, somos proibidos pelo Senhor de eliminar os falsos crentes do meio dos verdadeiros (leia Mateus 13:27-28), uma vez que nos falta competência para isso. Nossos critérios de avaliação são passíveis de equívoco, correndo-se o risco de arrancar trigo no lugar do joio.
Entretanto, essa separação se efetivará na segunda vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, quando os ceifeiros (os anjos) procederão a uma meticulosa distinção:
“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: ‘Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro’.”
Naquele dia, o trigo será armazenado no celeiro de Deus, enquanto o joio será consumido pelo fogo. O Senhor conhece aqueles que lhe pertencem (leia 2 Timóteo 2:19)! Embasados nessa esperança, a Igreja deve proceder com cautela, evitando eliminar trigo sob o pretexto de ser joio, ou preservar joio como se fosse trigo. Mas isso não deve servir como desculpa para negligenciar o exercício da disciplina eclesiástica. Onde o pecado é deliberado e manifesto, não se deve hesitar em lidar com ele; mas, onde há dúvida, é prudente buscar discernimento no Espírito até obter uma orientação precisa. Portanto, a instrução para permitir que o joio e o trigo cresçam juntos não significa tolerar o pecado na Igreja.
Acima de tudo, regozijemo-nos na certeza de que, mesmo que o falso crente possa temporariamente parecer legítimo perante os homens, recebendo o mesmo ensinamento e nutrição, sua hipocrisia será revelada na segunda vinda de Cristo, para a glória de Deus. Não haverá espaço para erro e, assim, nenhum trigo será consumido pelo fogo, e nenhum joio será indevidamente armazenado no celeiro de Deus. Pois…
“Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mateus 13:40-43)
Nesse grandioso dia, os salvos terão sua santificação aperfeiçoada, a justificação será publicamente proclamada e eles brilharão como o sol. A glória dos santos no Antigo Testamento é comparada ao firmamento e às estrelas, mas aqui ela é equiparada ao sol. A vida e a imortalidade são mais claramente reveladas pelo Evangelho. Assim, o Mestre conclui: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Nossa alegria deve repousar em darmos ouvidos a estas preciosas palavras.
E você? Crê, verdadeiramente, que tanto a bem-aventurança eterna como a condenação eterna são realidades inevitáveis?
Medite nisto!