Leia Mateus 13:37-39
“O que semeia a boa semente, é o Filho do homem; o campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do Reino; e o joio são os filhos do maligno; o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.”
Ao analisarmos de forma atenta a Parábola do Joio e do Trigo, à luz da Parábola do Semeador, devemos evitar o erro de interpretá-la equivocadamente. O próprio Jesus esclareceu essa parábola em resposta aos seus discípulos que indagaram: “Explique-nos a parábola do joio no campo” (Mateus 13:36).
“O que semeia a boa semente, é o Filho do homem; o campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do Reino; e o joio são os filhos do maligno; o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.”
Perceba que, nessa parábola, Cristo retrata as pessoas como sementes e o mundo como o campo. No entanto, na Parábola do Semeador, Ele descreve a semente como a Palavra de Deus e o campo como as pessoas, simbolizando seus corações. É essencial compreender essa distinção para não perder de vista o propósito e o significado que Jesus pretendia transmitir.
Nesse contexto, o Mestre nos instrui de maneira clara que não devemos presumir que apenas os cristãos genuínos estarão em nosso meio. Pelo contrário, a existência de falsos cristãos é, até mesmo, necessária para que os verdadeiros possam ser aprovados, conforme Paulo escreveu em 1 Coríntios 11:19 (leia). Somos orientados também sobre a forma como devemos nos relacionar com esses indivíduos, destacando a importância de não “erradicá-los” de forma precipitada:
“E os servos lhe disseram: ‘Queres, pois, que vamos arrancá-lo?’ Ele, porém, lhes disse: ‘Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele’.” (Mateus 13:28,29)
Por que essa cautela? Pois alguém que está no erro hoje, pode encontrar a verdade amanhã. Somente o Senhor conhece o momento em que a Palavra de Deus será, ou não, germinada nos corações. Além disso, Jesus enfatiza que remover o joio resultaria na perda do trigo. Isto deve nos levar a refletir sobre a nossa tendência extremista de buscarmos, com nosso próprio esforço, forçar alguns a crer, como se fôssemos aqueles que podem reinar sobre os corações e fazê-los crentes em Cristo; algo que somente o Senhor, através da Sua Palavra, pode fazer!
Outra lição valiosa desta parábola é a necessidade de vigilância. Ela ilustra como Satanás dissemina sua semente enquanto as pessoas estão desprevenidas, disfarçando-se habilmente. Falsos cristãos e falsos mestres infiltram-se na Igreja, muitas vezes passando despercebidos, usando o nome e a obra de Deus como fachada. Com o tempo, à medida que o trigo cresce, o joio se torna visível. Devemos ser diligentes com a Palavra de Deus para identificar os sinais, evitando assim que interesses adversos prevaleçam, e não os de Cristo.
Quando a semente perversa do joio emerge, se extravia da fé e cai, cabe ao trigo lamentar diante do Senhor e orar sinceramente. Lembrando que o semeador da boa semente nos adverte a não arrancarmos o joio de imediato; ao invés disso, nos exorta a suportar tudo pacientemente entregando tudo a Deus. Ele mesmo realizará a colheita e a separação no momento apropriado:
“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: ‘Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro’.” (Mateus 23:30)