Leia Filipenses 3:2,3

“Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.”

Os versículos de hoje sugerem que, embora a igreja em Filipos fosse leal, ela enfrentava perturbações causadas pelos mestres judaizantes. Esses líderes buscavam misturar a observância da lei de Moisés com a aceitação da doutrina de Cristo. Antes de advertir os filipenses sobre os “maus obreiros”, Paulo os encoraja a “alegrarem-se no Senhor” (leia Filipenses 3:1), independente das circunstâncias.

Em seguida, Paulo emite uma séria advertência:

“Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.”

Ele utiliza a expressão “cães”, como fez Isaías ao chamar os falsos profetas de “cães mudos” (leia Isaías 56:10), associando esses indivíduos a animais odiados na época.  O termo passou a ser usado como referência a todos os que tinham uma mente impura no que diz respeito à moral. A referência aos “maus obreiros” aponta para mestres que disseminam doutrinas prejudiciais à fé cristã.

Paulo explica por que os filipenses devem se precaver, destacando que a verdadeira circuncisão está na adoração a Deus em espírito, na glorificação de Jesus Cristo, e em não confiar na carne. Ele contrasta o serviço espiritual com as ordenanças do Antigo Testamento, ressaltando a superioridade de gloriar-se em Cristo sobre os privilégios judaicos baseados em prazeres e rituais exteriores que “consistiam somente em comidas, e bebidas, e várias cerimônias de purificação com água, impostas até ao tempo da correção” (Hebreus 9:10).

Ao rejeitar a “confiança na carne”, Paulo enfatiza a necessidade de confiar exclusivamente em Jesus como o fundamento eterno. Dessa forma, Paulo objetivava reiterar sobre a importância de abandonar qualquer esforço humano para a salvação e reconhecer a dependência total em Jesus Cristo. A salvação pela graça, mediante a fé em Jesus, requer que o homem abandone toda e qualquer tentativa própria de salvação.

Portanto, além da prática da abnegação, é essencial preservar a sã doutrina para evitar a destruição dos alicerces. Os líderes religiosos têm o papel de prevenir a corrupção doutrinária por meio do ensino consistente da doutrina bíblica. Mas, também, é papel de cada cristão:

“Guardar-se dos cães e dos maus obreiros” (Filipenses 3:20), “examinar as Escrituras, reter o bem e abster-se de toda a aparência do mal!” (1 Tessalonicenses 5:21,22).