Leia Efésios 2:3
“Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
O apóstolo Paulo escreveu a carta aos Efésios depois de ter ministrado entre eles por cerca de três anos (leia Atos 20:31). Além de apresentar o plano salvífico de Deus Pai para resgatar os eleitos por meio da obra de Seu Filho, Paulo destaca como esse plano redentor, efetuado e assegurado pelo Espírito Santo, resulta em louvor à gloriosa graça de Deus:
“Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.” (Efésios 1:13,14)
Antes da graça regeneradora, todos estávamos “mortos em pecados e ofensas”, servindo os interesses do mundo, da carne e do diabo (leia Efésios 2:1,2). Além de mortos, “éramos filhos da ira”:
“Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
Em outras palavras, vivíamos sob condenação e sujeitos ao descontentamento santo de Deus por causa do pecado. Esta condição não foi adquirida por influências externas, pelo contrário, é uma característica com a qual nascemos e que determinava nosso modo de vida – “éramos por natureza” alvos da ira de Deus desde a nossa concepção (leia Salmos 51:5).
Dessa forma, toda pessoa em seu estado natural, nasce já merecendo a ira e a condenação de Deus, a menos que seja chamado eficazmente e seja vivificado por graça, por meio da fé na obra de Cristo Jesus:
“Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (João 3:36)
Portanto, naturalmente, todos os “filhos da desobediência” encontram-se espiritualmente mortos e, por natureza, são filhos da ira. Deus se ira com os ímpios diariamente, pois seu estado e comportamento merecem a ira divina, a qual resultaria em condenação eterna se não fosse pela intervenção da graça salvadora:
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)!” (Efésios 2:4,5)