Leia Mateus 9:15:
“Jesus respondeu: ‘Por acaso os convidados de um casamento ficam de luto enquanto festejam com o noivo? Um dia, porém, o noivo lhes será tirado, e então jejuarão’.”
Há quem leia este versículo (resposta de Jesus ao questionamento dos discípulos de João Batista) e interprete que o Senhor tenha abolido o jejum. Mas, como esta afirmação poderia ser verdadeira se, em Mateus 6:16-18, Jesus orienta sobre como devemos proceder ao jejuar? A Palavra de Deus não se contradiz, consequentemente, Jesus também não!
Os ensinamentos acerca do jejum descritos neste versículo são:
1. Jesus afirma que aquela não era uma ocasião apropriada para tal atitude: casamento é momento de celebração e alegria, não de luto. Entre os judeus, a celebração de um casamento era uma ocasião de comemorações muito especiais. Depois da cerimônia, e durante uma semana inteira, os convidados participavam, com o noivo e a noiva, de ininterruptas festas. Jesus, neste contexto, se compara ao noivo, e seus discípulos aos convidados do casal. Como poderiam os convidados mostrarem-se tristes ou de luto?
2. Jesus afirma que os convidados jejuarão na ausência do noivo. Ou seja, o jejum é praticado pelos discípulos na ausência física de Cristo, trazendo a ideia de dependência espiritual.
3. Por fim, o jejum praticado pelos discípulos de João e os fariseus está vinculado a práticas legalistas. Legalismo é toda forma de salvação à parte de Cristo. Mas, o jejum praticado pelos discípulos de Cristo é fruto de uma atitude natural, cujo objetivo é demonstrar devoção ao noivo – o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Portanto, ao jejuar, declaramos crer que: “nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4).