Leia Lucas 10:27
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.”
A Parábola do Bom Samaritano oferece uma lição profundamente relevante sobre a conexão entre a fé e as boas obras – conforme ensinado por Tiago. Jesus contou esta parábola após ser questionado por um doutor da lei sobre como herdar a vida eterna e como identificar seu próximo (leia Lucas 10:25,29). Aquele homem era um estudioso das Escrituras do Antigo Testamento e, Lucas deixa claro que a pergunta não foi feita por ignorância, mas o objetivo era testar Jesus.
Jesus reage com outra pergunta: “Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10:26). Assim, Jesus pretende ensinar que não estava introduzindo uma doutrina nova, mas destacando os princípios fundamentais da Lei. O doutor da lei respondeu citando o que está escrito em Levítico 19:18 e Deuteronômio 6:5:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.”
Jesus concordou, afirmando que fazer isso era suficiente. No entanto, ao invés de reconhecer sua própria incapacidade diante dessa lei, o homem tentou se justificar perguntando quem exatamente era seu próximo. Foi então que Jesus contou a Parábola do Bom Samaritano (leia Lucas 10:25-37).
Na parábola, um homem é assaltado e deixado quase morto à beira da estrada. Tanto um sacerdote quanto um levita, representantes religiosos da época, ignoraram o ferido, revelando uma fé infrutífera. Ambos falharam em oferecer amor e misericórdia para com uma pessoa necessitada. Entretanto, um samaritano, visto como inimigo pelos judeus, foi quem demonstrou compaixão genuína:
“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; e, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: ‘Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu te pagarei quando voltar’.” (Lucas 10:33-35)
O samaritano cuidou das feridas do homem, levou-o a uma estalagem e providenciou tudo para sua recuperação, mostrando que o próximo é qualquer pessoa necessitada, não importando quem ela seja! Algumas vezes, o próximo não faz parte do nosso círculo familiar ou grupo de amigos. Pode ser até que esse próximo seja um inimigo, como no caso dos samaritanos e os judeus.
Essa parábola nos desafia a questionar não apenas nossas crenças, mas também nossas ações. Portanto, o ponto principal não é se perguntar: “Quais obras devo fazer para herdar a vida eterna?” ou “Quem é o meu próximo?”. A pergunta correta deve ser:
“Como um cristão que foi salvo pela graça, tenho demonstrado minha fé na prática de boas obras para com o próximo?”