Leia Atos 10:34-36
“E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos).”
Após despedir-se do eunuco, o diácono Filipe continuou sua jornada transcultural e, assim como ele “abriu as portas” para Pedro e João em Samaria, suas viagens ao norte, ao longo da costa marítima por Lida, Jope e Cesareia parecem ter facilitado o caminho para Pedro também. Embora Filipe não tenha tido a oportunidade de encontrar-se com um centurião romano chamado Cornélio em Cesareia, foi Pedro quem recebeu a missão de anunciar o evangelho a ele. No entanto, Pedro inicialmente resistiu grandemente a essa ideia.
Para que Pedro superasse seus preconceitos contra os gentios, ele teve uma visão que precisou ser repetida três vezes e, eventualmente, Pedro compreendeu o significado (leia Atos 10:9-20). Seu encontro subsequente com Cornélio é uma prova clara de como seus preconceitos humanos foram gradualmente desfeitos pelo maravilhoso evangelho de Jesus Cristo.
Durante o encontro com Cornélio, um romano que buscava conhecer a Deus, Pedro resumiu seus argumentos reconhecendo que verdadeiramente “Deus não faz acepção de pessoas”. Ao começar a pregar para Cornélio e sua casa, Pedro descreveu o evangelho como “a palavra enviada aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos). E no momento em que Pedro anunciou que “todos os que nele creem recebem o perdão dos pecados por meio do seu nome” (Atos 10:43), o Espírito Santo desceu sobre os ouvintes, assim como havia acontecido com os judeus no dia de Pentecoste e com os samaritanos.
Devemos ter cuidado para não distorcer o significado da afirmação de Pedro de que “Deus não faz acepção de pessoas”. Se interpretada isoladamente, essa afirmação pode sugerir uma crença universalista. No entanto, o universalismo é o ensinamento de que todos os homens serão salvos pela misericórdia de Deus. Esta é uma doutrina que contradiz claramente o ensinamento enfático das Escrituras, que faz uma clara separação entre os salvos e os perdidos, o bom e o mau, os redimidos e os condenados, bem como a distinção fundamental entre a salvação eterna e a perdição eterna. Portanto, é crucial enfatizar que só há uma salvação, pelo sangue de Jesus, e ninguém pode entrar no Reino de Deus, exceto pela fé em Cristo Jesus, nosso Senhor!