Leia Atos 20:32
“Agora, pois, irmãos, entrego-vos a Deus e à palavra da sua graça; a Ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.”
Após o tumulto ocorrido em Éfeso – quando Demétrio e outros ourives causaram uma agitação devido ao receio de que sua profissão fosse extinta como consequência da conversão dos habitantes da cidade ao Senhor Jesus Cristo – Paulo decidiu deixar a cidade (leia Atos 20:1). Quando estava prestes a embarcar de volta à Síria, partindo da Grécia, os judeus que estavam a bordo planejaram atentar contra a vida de Paulo. Por esse motivo, ele optou por retornar pela Macedônia e embarcar mais tarde em Filipos (leia Atos 20:3).
Em Trôade, no primeiro dia da semana, Paulo se reuniu com os discípulos para celebrar a Ceia do Senhor, e enquanto ele lhes falava, um jovem chamado Êutico caiu da janela onde estava sentado, foi tido como morto, mas ressuscitado pelo poder de Deus através do apóstolo Paulo (leia Atos 20:7-12).
Em Mileto, Paulo convocou os anciãos da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele. Depois de guiá-los através de seu próprio exemplo – mostrando que, mesmo em meio a lutas e tribulações, não considerava sua vida preciosa desde que pudesse cumprir com alegria a carreira e o ministério que o Senhor Jesus lhe havia confiado (leia Atos 20:24); Paulo entregou os efésios “a Deus e à palavra da sua graça; a Ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.”
Em outras palavras, Paulo confiou os efésios à palavra da graça de Deus, não apenas como fundamento da esperança e fonte de alegria, mas como regra de vida. Ele os confiou a Deus como Senhor a quem eles deveriam servir, e à palavra de Sua graça para viverem, em obediência, segundo a soberana vontade de Deus entre os santificados (separados para uso exclusivo do Senhor).
Além disso, Paulo também instiga os efésios a não negligenciarem o auxílio aos necessitados, pois reconhece que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (leia Atos 20:35). É uma verdadeira benção dar aos outros; mais bem-aventurada coisa é fazer o bem com o que temos, seja isto muito ou pouco. Dessa forma, Paulo testemunha que, mesmo diante de perseguições e em lágrimas, suprir a necessidade do outro é também cumprir o chamado com alegria; consequentemente, cumprir o chamado com alegria é uma das melhores maneiras de testemunhar o Evangelho da graça de Deus.
Que nossos olhos estejam sempre voltados para Deus e à palavra da Sua graça. Depositemos total confiança nEle em todas as nossas necessidades e dificuldades. Encontremos nEle a alegria necessária para cumprir a nossa vocação, bem como o consolo no fato de termos um Deus todo-poderoso a quem buscar. Não sejamos orgulhosos quando Ele enviar alguém para nos ajudar, e também não sejamos desobedientes quando o Senhor nos enviar para ajudar, pois, verdadeiramente “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”!