Leia Gálatas 2:20
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”
A transformação de Paulo após seu encontro com Jesus no caminho de Damasco é descrita de forma resumida com suas palavras: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Sua identidade anterior foi deixada para trás, e ele passou a viver uma nova vida pela fé no sacrifício de Cristo Jesus, e isso é o que chamamos conversão.
Entretanto, parece que perdemos o conceito central e fundamental da conversão nos dias de hoje. O Cristo que dizemos servir não é mais aquele “que me amou, e se entregou a si mesmo por mim”, mas sim uma versão moldada por nossos interesses. A vida cristã não é mais entendida como “ser nova criatura”, mas permanecer com as práticas pecaminosas antigas disfarçadas com um “verniz” religioso.
Quando Jesus se revelou a Paulo, este percebeu que sua religiosidade e crenças estavam completamente opostas à vontade de Deus. Isso o fez entender que ele estava indo contra o próprio Senhor ao perseguir Seus seguidores (leia Atos 9:5). Esse encontro transformador mudou a vida de Paulo para sempre. Ele abandonou seu passado, suas ambições e princípios antigos, tornando-se uma nova criatura em Cristo (leia 2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15; Filipenses 3:8,13,14).
Atualmente, ao olharmos ao nosso redor, muitos que se autodeclaram cristãos não parecem viver de forma diferente dos não-cristãos. O aumento de divórcios, adultérios, pornografias, e todo tipo de imoralidade; racismo, abusos e violência doméstica é alarmante! Será que realmente estamos vivendo o “já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” como Paulo descreveu? Será que nossa visão da realidade, cultura, mundo, trabalho, relacionamentos e outras áreas da vida estão fundamentadas na Palavra de Deus?
Antes da conversão, nosso ego dominava nossas vidas, mas após a conversão, durante o processo de santificação, Jesus deve ser o centro de nossas vidas. Ele deve governar nossas ações, e nosso prazer deve estar em fazer Sua vontade, não a nossa. À medida que seguimos o Mestre, devemos crucificar nosso ego e exaltar Jesus Cristo, renunciando ao pecado e vivendo na fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós.
Assim como Paulo, devemos estar dispostos “com toda a confiança, a engrandecer a Cristo em nosso corpo, tanto agora como sempre, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1:20). Somente assim, poderemos declarar, verdadeiramente: “Cristo vive em mim!”