Leia Filipenses 2:6,7
“Embora sendo Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. Em vez disso, esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como ser humano.”
Os versículos de hoje apresentam claramente a dupla natureza de Cristo: divina e humana. A Bíblia destaca Jesus como possuidor de duas naturezas, ambas preservadas em sua essência. Ao mesmo tempo, ela retrata Jesus como uma Pessoa indivisível, o Deus-homem.
A expressão “embora sendo Deus” refere-se à Sua natureza divina, como o Filho único e eterno de Deus. Jesus é a expressa imagem de Deus, de modo que quem vê o Deus Filho, vê o Deus Pai (leia João 14:9).
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1)
“Ele é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.” (Colossenses 1:15)
Jesus é o “primogênito de toda a criação” porque a Ele pertence a mais alta honra, Ele é o herdeiro de todas as coisas, Ele é o agente da criação, por meio dEle o universo foi feito (leia Hebreus 1:2). Jesus é Criador, não criatura.
No entanto, apesar de sua divindade, Jesus não buscou agarrar-se a essa glória, Ele verdadeiramente tornou-se homem, compartilhando nossa carne e sangue, nascendo como ser humano e assumindo voluntariamente a natureza humana.
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:14)
Jesus sujeitou-se às leis do desenvolvimento humano (leia Lucas 2:40), experimentando necessidades e limitações comuns a todo ser humano, como cansaço, fome, sede e sono (leia Mateus 8:24,25; Marcos 11:12; João 4:6; 19:28). Porém, mesmo sendo humano, Jesus não possuía uma natureza pecaminosa, “porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado“ (Hebreus 4:15).
Mesmo sendo Deus, ao esvaziar a si mesmo, encobrindo a glória pré-encarnada e aceitando as limitações humanas, a natureza divina de Jesus não foi diminuída pela humana, e a natureza humana não foi deificada. Assim, todo cristão genuíno professa crer que as duas naturezas de Cristo, divina e humana, completas, perfeitas e distintas, foram inseparavelmente unidas nEle. Ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, sendo o único e exclusivo Mediador entre Deus e o homem.
Portanto, é imperativo rejeitar qualquer ensinamento que negue a visão bíblica da união das duas naturezas de Cristo em uma Pessoa. Isso inclui a negação de que havia apenas uma natureza em Cristo ou que a união das duas naturezas resultou em uma terceira natureza misturada. Tais ensinamentos devem ser considerados anátemas!