Leia Tiago 1:26
“Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse não tem valor.”
Nos dias atuais, observamos uma notável discrepância entre nossas palavras e ações, entre o que professamos e o que vivemos, entre nossa fé declarada e nosso comportamento diário. Esse afastamento entre ouvir e praticar resulta em discursos vazios, corações enganosos e práticas religiosas sem valor algum. Isso deveria nos levar a um autoexame:
Somos verdadeiramente religiosos? Como podemos saber?
O versículo de hoje oferece uma resposta clara:
“Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse não tem valor.”
O verdadeiro cristão é aquele que domina (refreia) sua língua. Tiago já nos alertara sobre os perigos de uma língua indisciplinada (leia Tiago 1:19,20). Jesus também advertiu que aqueles que alimentam a raiva e a transformam em ofensas ao próximo estão sujeitos ao fogo do inferno (leia Mateus 5:22). Ele nos lembrou ainda: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mateus 12:36,37).
Assim, se falamos de forma maliciosa e torpe, nossa religião é vazia. Não podemos glorificar a Deus com nossas palavras enquanto destruímos a vida do nosso próximo com elas. Não há pureza de coração se nossa língua é impura. Bem como não há verdadeira espiritualidade em um coração enganoso.
Um coração enganoso nos leva pelo caminho largo, onde nosso ego prevalece, sem a necessidade de negarmos a nós mesmos. Isso nos leva a negligenciar a doutrina (leia 1 Timóteo 4:16) e nos afastar do caminho da salvação. O descuido e a negligência moral são as consequências de ignorar a importância da doutrina. Sem doutrina, a religião perde seu valor.
No entanto, “a religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27). Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Estamos aqui não para nos conformarmos, cobiçarmos o mal ou aceitarmos a corrupção do mundo, mas para sermos o sal da terra, luz do mundo e bom perfume de Cristo.
A essência da nossa fé está na obra perfeita de Cristo. Cuidar dos necessitados – “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” – é uma expressão da fé sendo posta em ação. Não expressamos compaixão para sermos salvos, mas porque somos salvos. Lembremos sempre disso! Sendo assim, compartilhar com os famintos, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, e mostrar hospitalidade são obras concretas que o Senhor Jesus espera dos Seus discípulos (leia Mateus 25:34-46).
Portanto, ouça, leia, medite e pratique a Palavra! Domine sua língua, guarde-se da corrupção do mundo, não permita guiar-se por um coração enganoso e seja instrumento de Deus para aliviar o sofrimento daqueles que necessitam!
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3:18)