Leia Filipenses 3:10,11
“Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos.”
Frente à imensidão do conhecimento de Cristo, tudo o mais tornou-se insignificante para Paulo. Ele não apenas rejeitou sua própria justiça em busca de um conhecimento intelectual sobre Cristo, mas também ansiava por um conhecimento relacional.
“Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte.”
De fato, o verbo “conhecer” não se trata de um processo puramente intelectual. Paulo não almejava apenas compreender melhor a doutrina sobre Cristo, mas Sua Pessoa e “a virtude da sua ressurreição”. A expressão “comunicação de suas aflições” revela que Paulo reconhece o valor de compartilhar as perseguições que, naturalmente, acompanham aqueles que estão em Cristo. Seu desejo de imitá-Lo, “sendo feito conforme à sua morte” tem um propósito específico: “para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos.”
O olhar de Paulo está no porvir, tendo como alvo a “ressurreição dentre os mortos”. Nessa expressão, ele claramente refere-se a uma ressurreição que não inclui todos os mortos, mas os conduz para fora da multidão dos mortos. Pois, haverá uma ressurreição para a vida eterna e uma ressurreição para vergonha e desprezo eterno:
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.” (Daniel 12:2)
Para os injustos, será apenas um retorno para comparecerem diante do grande trono branco a fim de serem julgados segundo suas obras:
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.” (Apocalipse 20:11,13,14)
Para os justificados em Cristo, será uma ressurreição chamada por Jesus de “ressurreição da vida” (leia João 5:29). Os verdadeiros cristãos são considerados “dignos de alcançar o mundo vindouro e a ressurreição dos mortos” (Lucas 20:35). E Paulo estava disposto a perder tudo, a enfrentar qualquer sofrimento para “chegar à ressurreição dentre os mortos”. Ele não duvidava de sua participação na ressurreição, mas buscava, por meio da esperança e perspectiva dela, encontrar coragem e constância diante das dificuldades. Seu objetivo era também encorajar os filipenses a fazer o mesmo.
Da mesma forma, dediquemos nossa vida a permanecer em Cristo, buscando conhecê-Lo não apenas intelectualmente, mas de maneira relacional. Firmados nEle, poderemos exercer a perseverança cristã mesmo diante de aflições e sofrimentos, pois…
“Palavra fiel é esta: que se morrermos com Ele, também com Ele viveremos; se sofrermos, também com Ele reinaremos; se O negarmos, também Ele nos negará; se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” (2 Timóteo 2:11-13)