Leia Mateus 6:22,23
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!”
Jesus inseriu um importante ensinamento sobre os “olhos bons” e “olhos maus” entre dois ensinos sobre o perigo da avareza. Isso se deve ao fato de que a maneira como uma pessoa considera o dinheiro em relação a Deus reflete a natureza de seu coração. Esta reflexão é central na primeira parte desta passagem (leia Mateus 6:19-21), onde Jesus nos instrui a ajuntar tesouros celestiais ao invés de tesouros terrenos; a ansiar por Deus, não por riquezas.
Na segunda parte deste ensinamento, a questão é: podemos servir a dois senhores simultaneamente? E a resposta é clara: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mateus 6:24). Em outras palavras, Deus e Mamom são mutuamente exclusivos, completamente opostos um ao outro. Alguém que afirma servir a Deus, mas suas ações públicas revelam um comprometimento com os prazeres mundanos, está negando sua relação com Deus. Portanto, ou servimos a Deus com devoção sincera ou não O serviremos de maneira alguma.
Assim, quando nossos “olhos são bons”, estamos focados em acumular tesouros no céu e não na terra, vivendo na luz e servindo a Deus. Por outro lado, se os nossos “olhos são maus”, estamos mais preocupados em acumular riquezas materiais do que tesouros celestiais, além de estarmos mergulhados nas trevas e servindo a Mamom. Jesus explica isso ao afirmar que “a candeia do corpo são os olhos”, e um olho bom ilumina todo o corpo, enquanto um olho mau enche o corpo de escuridão. Mas, qual é o olho bom que emana tanta luz; e qual é o olho mau que nos mantém nas trevas?
Um exemplo esclarecedor pode ser encontrado em Mateus 20:1-16 (leia), onde Jesus conta uma parábola sobre trabalhadores que receberam o mesmo pagamento, independentemente do tempo que trabalharam. Os que trabalharam o dia todo reclamaram que era injusto os que trabalharam apenas uma hora receberem o mesmo valor. Foi nesse contexto que Jesus perguntou:
“…É mau o teu olho porque eu sou bom?” (Mateus 20:15)
Essa pergunta revela que, os olhos maus dos trabalhadores que murmuraram os incapacitavam de apreciar a beleza na generosidade do dono da vinha. Eles viam essa liberalidade como algo desfavorável porque não conseguiam enxergar que o valor da misericórdia é superior ao valor do dinheiro.
O olho bom reconhece a grandeza de Deus e Seu caminho como o tesouro supremo na vida, não a riqueza material. Ele olha para o céu e vislumbra a recompensa da comunhão com Deus. O olho bom distingue o que é eterno do que é efêmero, o que é genuinamente desejável do que não é. Quando olha para Deus, O vê como a mais alta aspiração. O olho bom nos guia pelo caminho da luz, acumulando tesouros celestiais e servindo a Deus, ao invés de se apegar ao dinheiro. O verdadeiro tesouro para aqueles que têm olhos bons é Cristo Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores!
“Portanto, tomem cuidado para que sua luz não seja, na verdade, escuridão. Se estiverem cheios de luz, sem nenhum canto escuro, sua vida inteira será radiante, como se uma lamparina os estivesse iluminando”. (Lucas 11:35,36 NVT)
Como estão seus olhos?