Leitura Bíblica: Judas 1:12-13
Versículo-chave: “Quando esses indivíduos, sem o menor constrangimento, participam de suas refeições de celebração ao amor do Senhor, são como perigosos recifes que podem fazê-los naufragar. Sim, são como pastores que só se preocupam consigo mesmos…” (Judas 1:12 NVT)
O povo de Deus estava sendo enganado por indivíduos que aparentavam ser verdadeiros ministros mas, na realidade, eram “falsos apóstolos, obreiros enganosos disfarçados de apóstolos de Cristo” (2 Coríntios 11:13 NVT). A carta de Judas nos chama a enxergar além do que é visível. Para isso, ele utiliza cinco figuras ilustrativas que expõem como pessoas que parecem espirituais podem, na verdade, representar um perigo para a fé. Ao contemplarmos essas imagens, somos levados a avaliar não apenas aquilo que ocorre ao nosso redor, mas também as intenções do nosso próprio coração.
Judas afirma que, quando esses falsos mestres “sem o menor constrangimento, participam de suas refeições de celebração ao amor do Senhor, são como perigosos recifes que podem fazê-los naufragar; são como pastores que só se preocupam consigo mesmos”. Assim como pedras submersas podem destruir uma embarcação, existem pessoas que se infiltram discretamente no meio cristão e provocam grandes prejuízos. Muitas vezes, o perigo não está no que é falado, mas no que é cuidadosamente ocultado.
O autor ainda declara que eles são “como nuvens que passam sobre a terra sem dar chuva, como árvores no outono, duplamente mortas porque não dão frutos e foram arrancadas pelas raízes” (Judas 1:12 NVT). Às vezes, as nuvens parecem anunciar chuva, mas o vento logo as dispersa (Provérbios 25:14). Do mesmo modo, existem vozes que prometem consolo e orientação, mas não carregam nada que venha do Espírito de Deus.
Assim também são as árvores que podem até aparentar frutificar, mas quando a estação muda, nenhum fruto aparece. Os falsos mestres prometem avanço espiritual, mas não saciam a fome do povo de Deus com a verdade. São estéreis e sem raízes, e, por não estarem ligados à Videira verdadeira, que é Cristo, são incapazes de produzir qualquer fruto.
“São como ondas violentas no mar, espalhando a espuma de seus atos vergonhosos, como estrelas sem rumo, condenadas para sempre à mais profunda escuridão.” (Judas 1:13 NVT)
Ondas que se revolvem e se desfazem deixam apenas sujeira à beira-mar. Pessoas espiritualmente instáveis fazem muito barulho, espalham confusão e tumulto – mas não edificam ninguém. As estrelas têm a função de orientar, mas uma estrela errante não indica direção alguma. Assim também são líderes que prometem luz, mas conduzem à escuridão.
As metáforas de Judas permanecem atuais: em um período marcado por mensagens instantâneas, fé superficial e inúmeras “vozes de autoridade”, somos convocados a discernir aquilo que ouvimos, permanecer firmes nas Escrituras e, acima de tudo, manter “o olhar firme em Jesus, o líder e aperfeiçoador de nossa fé” (Hebreus 12:2 NVT).




