Leia Atos 17:16
“E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.”
Quando os judeus de Tessalônica souberam que Paulo estava pregando a Palavra de Deus em Beréia, foram até lá para incitar novamente as multidões contra ele. Então, o apóstolo foi levado para Atenas, onde aguardou a chegada de Silas e Timóteo. “E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.” Em outra tradução está escrito que “Paulo ficou muito indignado ao ver ídolos por toda a cidade”. Essa idolatria deveria nos indignar da mesma forma que Paulo, não necessariamente contra as pessoas, mas contra a própria idolatria visto que ela é tudo aquilo que “substitui” o verdadeiro Deus.
A visita de Paulo à capital grega, Atenas, nos ensina muito sobre ídolos e nosso relacionamento com eles. Os exemplos marcantes de idolatria nas Escrituras, como o roubo de Raquel dos ídolos do lar de seu pai (leia Gênesis 31:19), o bezerro de ouro feito por Arão (leia Êxodo 32:1-4) e a exposição de Isaías sobre a absurda adoração de ídolos (leia Isaías 44:13-20), abordam pecados que são tão presentes em nossos corações quanto estavam nos corações dos pagãos no Antigo Testamento.
Sempre que depositamos qualquer parcela de confiança, por menor que seja, em algo que não seja o próprio Deus, cometemos atos de idolatria tão sérios quanto se prostrar diante de uma imagem esculpida. Portanto, a idolatria, seja de qual tipo for – uma imagem, a sensualidade, a afeição por coisas materiais, o acúmulo de bens, um carro, um emprego, a faculdade, os filhos, o cônjuge, entre outros – constitui-se em pecado!
Devemos encarar essa advertência não como um ato de condenação – pois a condenação já foi abolida para os cristãos por meio da obra completa de Cristo – mas sim como um despertar para a nossa tendência a pecar através da idolatria, em contraste com a santificação. Um ídolo é qualquer coisa que não seja Deus, na qual colocamos nosso coração (leia Lucas 12:29; 1 Coríntios 10:6), que nos motiva (leia 1 Coríntios 4:5), controla (leia Salmos 119:133) ou a qual servimos (leia Mateus 6:24).
Você sabe identificar quando um desejo se torna um ídolo, mesmo que seja por algo que não seja intrinsecamente mal? Pense sobre isso…