Leia 1 Coríntios 2:2
“Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.”
Ao refletirmos sobre os “amigos da cruz de Cristo”, referimo-nos aos cristãos genuínos que integram a Igreja visível e invisível. Assim como o apóstolo Paulo, esses indivíduos não negligenciam a importância da cruz de Cristo ao proclamarem o Evangelho.
Paulo destaca que compartilhou com os coríntios um tesouro de sabedoria que transcende qualquer tipo de conhecimento adquirido por homens letrados; que não pode ser plenamente compreendido pelo coração humano, nem recebido para a salvação sem a influência do Espírito Santo.
No tocante ao tema do Evangelho, o apóstolo se compromete a não apresentar nenhum conhecimento além de “Jesus Cristo, e este crucificado”. Cristo é a essência do Evangelho e, portanto, deve ser o principal foco na pregação dos ministros cristãos.
Dessa forma, todo cristão que se declare “amigo da cruz de Cristo” está disposto a proclamar as boas novas do Evangelho sem recorrer a “sublimidades de palavras ou de sabedoria” (leia 1 Coríntios 2:1). Seu discurso e pregação não devem ser uma exibição de palavras eloquentes repletas de habilidade humana em oratória, a fim de que “a fé dos ouvintes não esteja apoiada em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (leia 1 Coríntios 2:4,5).
Os “amigos da cruz de Cristo” reconhecem que a mensagem do Evangelho – “a sabedoria de Deus, oculta em mistério (leia 1 Coríntios 2:7) – agora revelada pelo Espírito de Deus, não foi anunciada “a nenhum dos príncipes deste mundo”, pois, “se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (1 Coríntios 2:8).
Essa sabedoria é de tal magnitude que não poderia ter sido descoberta sem revelação. Paulo, recordando as palavras do profeta Isaías, destaca:
“Mas, como está escrito: ‘As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam’.” (1 Coríntios 2:9)
Há sim realidades que Deus preparou para aqueles que O amam, mas que não estão relacionadas a dinheiro, status, fama ou qualquer forma de glória terrena, como os “inimigos da cruz de Cristo” insistem em enfatizar. Os “amigos da cruz de Cristo” reconhecem que as grandes verdades do Evangelho transcendem a esfera da descoberta humana. Se essas verdades fossem acessíveis pela inteligência, não precisariam ser reveladas.
Portanto, ao considerarmos que as Escrituras são dadas por inspiração divina e que “homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (leia 2 Pedro 1:21), devemos recebê-las como estão nas Escrituras, reconhecendo que:
“Deus as revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” (1 Coríntios 2:10)
Se não a recebermos assim – como algo inalcançável pelo esforço humano – não podemos ser considerados “amigos da cruz de Cristo”!
Pense nisso!