Leitura Bíblica: Judas 1:22-23
Versículo-chave: “Resgatem outros, tirando-os das chamas do julgamento. De outros ainda, tenham misericórdia, mas façam isso com grande cautela, odiando os pecados que contaminam a vida deles.” (Judas 1:23 NVT)
Judas deseja que seus leitores busquem viver de modo a esperar pela vinda de Cristo, mas que também se empenhem em cuidar daqueles que necessitam de apoio em sua caminhada na fé. Há pessoas que enfrentam dúvidas e, por essa razão, enquanto os falsos mestres precisam ser confrontados e afastados, os que “vacilam na fé” devem receber compaixão. O termo traduzido como “compaixão” (ou misericórdia) carrega a ideia de auxiliar alguém a sair de um estado de dúvida para uma posição de firmeza em sua fé.
À exortação – “Tenham compaixão daqueles que vacilam na fé” (Judas 1:22 NVT), o autor adiciona:
“Resgatem outros, tirando-os das chamas do julgamento. De outros ainda, tenham misericórdia, mas façam isso com grande cautela, odiando os pecados que contaminam a vida deles.” (Judas 1:23 NVT)
A palavra grega traduzida como “resgatar” é sozo, que em outras traduções aparece como “salvar”. Sempre que nos deparamos com o termo “salvar”, é essencial lembrar que o contexto define o que — ou quem — está sendo libertado, e de quê. Aqui, Judas orienta que os cristãos “resgatem outros”, ou seja, uma pessoa intervém para livrar outra, semelhante a um salva-vidas que resgata alguém prestes a se afogar.
Nesse cenário, há indivíduos que precisam ser tirados “das chamas do julgamento”. A “chama” mencionada remete à figura apresentada em Judas 1:7, que descreve “o fogo eterno do julgamento” de Deus. É importante enfatizar que somente Jesus Cristo pode libertar alguém desse destino final. Tornar-se parte da família de Cristo requer fé nEle e em Sua morte substitutiva na cruz. Portanto, esse ato de “resgatar” em Judas 1:23 diz respeito a um auxílio humano para outro ser humano.
Falsos mestres estavam levando pessoas a crer que a graça de Deus tornava permissível viver na imoralidade (Judas 1:4), mas uma vida entregue ao pecado deliberado traz sérias consequências. Por isso, ajudar aqueles que se desviam da verdade é comparável a retirá-los das “chamas do julgamento”.
Dessa forma, em certos momentos, será necessário adotar atitudes mais firmes com alguns, a fim de que deixem o pecado. Entretanto, com outros, será preciso exercer misericórdia – desde que isso seja feito “com grande cautela, odiando os pecados que contaminam a vida deles”.
Essa “cautela” é um alerta a todo cristão que auxilia alguém que caiu em pecado: é preciso agir com vigilância, para não cair na mesma armadilha, mantendo uma postura de repúdio aos pecados que corrompem aqueles a quem buscamos ajudar. Ainda assim, não podemos perder de vista que somente Deus é poderoso para nos preservar de tropeçar e para nos conduzir, cheios de alegria e sem mancha, à Sua gloriosa presença! (Judas 1:24)
“Toda a glória seja àquele que é o único Deus, nosso Salvador por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Glória, majestade, poder e autoridade lhe pertencem desde antes de todos os tempos, agora e para sempre! Amém.” (Judas 1:25 NVT)




