Leia Mateus 7:21
“Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
Ao longo da história, a Igreja enfrentou desafios significativos, provenientes de fora dela. No entanto, é inegável que os desafios mais perigosos surgiram e ainda surgem de dentro da própria Igreja. Assim, a admoestação de Jesus em Mateus 7:15 (leia) e de Paulo em Atos dos Apóstolos ainda permanece relevante:
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.” (Atos 20:28,30)
Dentro da Igreja, por vezes, surgem falsos profetas que assumem diversas máscaras, adaptando-se aos tempos, culturas e contextos. Também encontramos hereges que distorcem a verdade ou acrescentam elementos à fé, reconfigurando a doutrina e adulterando a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (leia Judas 1:3). Além disso, charlatães aproveitam suas posições de liderança para enriquecerem à custa dos outros, como Simão, o mago, que, movido pela ganância, tentou comprar o poder do Espírito Santo (leia Atos 8:9-24).
E o que dizer dos supostos profetas que alegam receber revelações divinas além das Escrituras? Na realidade, são comissionados e fortalecidos por Satanás com o intuito de enganar e perturbar a Igreja de Cristo. Daí a importância de “provar os espíritos” (leia 1 João 4:1). Esses “profetas” exploram sua posição para satisfazer seus desejos pessoais, seja luxúria ou ambição por poder, “transformando em dissolução a graça de Deus”(leia Judas 1:4).
Também há os especuladores que buscam respeitabilidade por meio de uma suposta originalidade, desconsiderando grande parte do conteúdo da Bíblia em prol de assuntos triviais. Acautelai-vos! Pois o ensino baseado na especulação distorce a doutrina sólida e precisa das Escrituras.
Sem dúvida, os maiores agentes de Satanás não são políticos ou líderes poderosos, mas sim falsos pastores que, agindo enganosamente, promovem uma fé distorcida, corrompendo a verdadeira fé! Devemos permanecer firmes e alertas quanto aos “falsos profetas, que vêm a nós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conheceremos…” (Mateus 7:15,16a).
Os falsos profetas não são apenas lobos, mas também árvores más, cuja seiva provém do maligno. Sua mensagem, que brota de seus corações e sai de suas bocas, é uma mentira, pois, “porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” (Mateus 7:16). Certamente não! Assim, árvores ruins só podem produzir frutos ruins, e estão destinadas à destruição (leia Mateus 7:19). Não basta dizer “Senhor, Senhor!” para entrar no Reino dos céus, mas sim, fazer a vontade de Deus (leia Mateus 7:21).
No Dia do Juízo, os falsos profetas, assim como os falsos cristãos, , buscarão requerer o reconhecimento de suas obras: profecias, expulsão de demônios e milagres. No entanto, todas essas obras serão reprovadas, não devido à falta de autenticidade sobrenatural, mas porque aqueles que as realizam vivem em desobediência e iniquidade. Naquele dia, o disfarce dos lobos devoradores será exposto e eles ouvirão o veredito do Justo Juiz:
“Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?’ E então lhes direi abertamente: ‘Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade’.” (Mateus 7:22,23)
Acautelai-vos!