Leitura Bíblica: Mateus 26:26-30; Marcos 14:22-25; Lucas 22:14-20; 1 Coríntios 11:23-28
Versículos-chave: “Tomou o pão e agradeceu a Deus. Depois, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Este é o meu corpo, entregue por vocês. Façam isto em memória de mim’. Depois da ceia, Jesus tomou o cálice de vinho e disse: ‘Este é o cálice da nova aliança, confirmada com o meu sangue, que é derramado como sacrifício por vocês’.” (Lucas 22:19-20 NVT)
Sempre devemos nos maravilhar com a determinação providencial de Deus! Nosso Senhor e Redentor foi crucificado durante a celebração da Páscoa, justamente no mesmo dia em que o cordeiro pascal era tradicionalmente sacrificado. É evidente que o propósito foi chamar a atenção do povo judeu para Aquele que é o verdadeiro Cordeiro de Deus (João 1:29).
Cada sacrifício levítico, sem dúvida, tinha por objetivo direcionar os judeus para o futuro, apontando para o único e definitivo sacrifício pelos pecados, que seria realizado por Cristo. Contudo, nenhum sacrifício foi tão significativo e simbólico quanto o do cordeiro pascal, que prefigurava de maneira única a morte do nosso Senhor.
A festa da Páscoa levava os judeus a rememorar o notável ato de libertação que Deus efetuou ao tirar seus antepassados da terra do Egito, após a morte dos primogênitos egípcios (Êxodo 12:25-27). Porém, acima de tudo, a Páscoa tinha a função de ser um sinal que apontava para uma redenção muito maior, a libertação da escravidão do pecado, realizada por Jesus.
“Pois vocês sabem que o resgate para salvá-los do estilo de vida vazio que herdaram de seus antepassados não foi pago com simples ouro ou prata, que perdem seu valor, mas com o sangue precioso de Cristo, o Cordeiro de Deus, sem pecado nem mancha.” (1 Pedro 1:18-19 NVT)
A Páscoa recordava aos judeus que a aspersão do sangue nas portas de suas casas salvou seus antepassados do anjo da destruição. Todavia, seu verdadeiro propósito era revelar uma verdade ainda maior: que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e nos livra da ira que há de vir.
A partir daquele momento, a última Páscoa se tornou a instituição da ordenança da Nova Aliança, conhecida como a Ceia do Senhor:
“Tomou o pão e agradeceu a Deus. Depois, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Este é o meu corpo, entregue por vocês. Façam isto em memória de mim’. Depois da ceia, Jesus tomou o cálice de vinho e disse: ‘Este é o cálice da nova aliança, confirmada com o meu sangue, que é derramado como sacrifício por vocês’.” (Lucas 22:19-20 NVT)
Tanto a Páscoa quanto a libertação do Egito eram sinais típicos e proféticos de um Messias que viria e, morrendo, nos libertaria do pecado e da morte. Foi por isso que, naquela mesma noite, Jesus instituiu a Ceia do Senhor como o memorial de um Cristo que já veio e, por meio de sua morte, nos libertou. Dessa forma, as figuras e sombras são deixadas de lado, “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós!” (1Coríntios 5:7 ARC)