Leitura Bíblica: Tiago 5:17-18
Versículo-chave: “Elias era humano como nós e, no entanto, quando orou insistentemente para que não caísse chuva, não choveu durante três anos e meio.” (Tiago 5:17 NVT)
Para concluir seu ensinamento sobre a oração do justo, Tiago apresenta como exemplo a figura de Elias. A escolha do autor tem como objetivo evidenciar que Elias não era um semideus, mas era “humano como nós”, sujeito a limitações e fragilidades comuns a todos.
O termo grego homoiopathés é um adjetivo formado pelas palavras homoios (semelhante) e páthos (sofrimento, emoção), e descreve alguém que compartilha da mesma natureza que outro. Essa expressão é usada para realçar a humanidade compartilhada entre Elias e os cristãos, especialmente para mostrar que, embora fosse profeta, Elias estava exposto às mesmas fraquezas, temores, impulsos e provações que qualquer servo de Deus.
Tiago prossegue afirmando que, mesmo sendo “humano como nós”, Elias “orou insistentemente para que não caísse chuva, e não choveu durante três anos e meio”. Ainda que o relato de 1 Reis 17:1 não mencione explicitamente uma oração verbal pedindo o cessar da chuva, Elias é retratado como um homem de oração constante, em íntima comunhão com o Senhor:
“Elias, que era de Tisbe, em Gileade, disse ao rei Acabe: ‘Tão certo como vive o Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, não haverá orvalho nem chuva durante os próximos anos, até que eu ordene!’.”
O poder de sua oração não estava em alguma virtude natural, mas em sua profunda harmonia com a vontade de Deus. Assim, Tiago utiliza o exemplo do profeta para encorajar os cristãos aflitos e abatidos, demonstrando que a oração perseverante de um justo comum pode gerar grandes resultados, mesmo em tempos de decadência espiritual.
“Então ele orou outra vez e o céu enviou chuva, e a terra começou a produzir suas colheitas.” (Tiago 5:18 NVT)
Elias é apresentado como um modelo de fé e de intercessão humilde. Ele não foi poupado de medo, exaustão, solidão ou abatimento espiritual (1 Reis 19:1–4), mas, sendo “humano como nós”, orou e foi atendido. Assim como Elias se colocou diante de um povo infiel clamando por restauração, nós também, como cristãos, somos chamados a interceder pelos irmãos doentes, pecadores, dispersos ou enfraquecidos.
Tiago não busca provar um milagre, mas ressaltar que Deus respondeu à oração de um homem justo e comum. Isso deve nos servir de encorajamento: o poder da oração não está naquele que ora, mas em Deus, que responde conforme Sua soberana vontade. O propósito de Tiago também não é afirmar que Deus sempre responderá da mesma forma às orações relacionadas a fenômenos naturais (como seca ou chuva), mas enfatizar que Ele ouve a oração do justo.
Assim, a oração é poderosa e produz grandes resultados quando é expressão genuína de uma fé alinhada aos propósitos divinos. Portanto, se “Elias era humano como nós” e Deus ouviu sua súplica, podemos confiar: Ele também ouvirá a nossa.
Oremos! 🙌
 
															 
															 
															 
															 
															




 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								