Leitura Bíblica: Efésios 4:28-29
Versículo-chave: “Quem é ladrão, pare de roubar. Em vez disso, use as mãos para trabalhar com empenho e honestidade e, assim, ajudar generosamente os necessitados.” (Efésios 4:28 NVT)
A terceira prática mencionada por Paulo, e que não deve existir na vida de um cristão, é o roubo:
“Quem é ladrão, pare de roubar. Em vez disso, use as mãos para trabalhar com empenho e honestidade e, assim, ajudar generosamente os necessitados.” (Efésios 4:28 NVT)
Aqui, a orientação é: “não” ao roubo, e “sim” ao trabalho honesto. “Roubar” significa tomar de forma ilícita aquilo que não é seu. Portanto, não se limita ao assalto explícito, mas inclui, por exemplo, sonegar impostos, negligenciar suas tarefas na ausência do líder, promover propaganda enganosa sobre um produto ou cobrar valores excessivos.
O roubo era algo comum e até culturalmente aceitável no contexto pagão dos efésios. Por isso Paulo afirma: “Quem é ladrão, pare de roubar”. O que antes vivia da desonestidade, agora deveria empenhar-se no trabalho não apenas para suprir suas próprias necessidades (2 Tessalonicenses 3:10-12), mas também para socorrer o necessitado (Atos 20:35). O apóstolo não limita a recomendação à honestidade; ele a amplia, chamando o cristão à generosidade.
O propósito de trabalhar “com empenho e honestidade” não deve se restringir a satisfazer desejos supérfluos, mas visar o ato de “ajudar generosamente os necessitados”. Paulo não ensina que o trabalhador deva ignorar suas obrigações pessoais ou compromissos financeiros, mas sim, que sua motivação seja projetada para além de si mesmo, alcançando o próximo.
“Evitem o linguajar sujo e insultante. Que todas as suas palavras sejam boas e úteis, a fim de dar ânimo àqueles que as ouvirem.” (Efésios 4:29 NVT)
Aqui, a orientação é: “não” às palavras sujas, e “sim” às palavras que edificam. Paulo agora se volta das nossas mãos para nossa boca. O “linguajar sujo e insultante” ou “palavra torpe” (ARC), trazia, no contexto original, a ideia de uma árvore deteriorada, que produzia frutos podres, incapaz de produzir frutos bons — portanto, sem utilidade. Um discípulo de Cristo não deve ser conhecido por conversas levianas ou piadas indecentes; mais do que isso, não deve aprovar, se divertir, nem dar espaço para tais coisas.
A Bíblia adverte que prestaremos contas, no dia do juízo, por todas as palavras inúteis que proferimos:
“A pessoa boa tira coisas boas do tesouro de um coração bom, e a pessoa má tira coisas más do tesouro de um coração mau. Eu lhes digo: no dia do juízo, vocês prestarão contas de toda palavra inútil que falarem.” (Mateus 12:35-36 NVT)
Nossas palavras devem ser proveitosas, oportunas, necessárias e capazes de “dar ânimo àqueles que as ouvirem”. Isso não significa evitar confrontos quando forem necessários, nem ignorar problemas; mas indica que, mesmo ao corrigir, devemos fazê-lo com o objetivo de construir, e não de destruir.
Dessa forma, não basta deixar o roubo de lado — é preciso exercer um trabalho honesto e repartir com quem precisa. Não basta evitar proferir palavras torpes, é indispensável usar a boca para edificar e encorajar. O chamado de Cristo é viver de tal maneira que tanto nossas mãos quanto nossa fala sejam instrumentos de graça (Tiago 1:26-27). Que nossas ações reflitam o caráter do Senhor e nossas palavras transmitam Seu amor, para que, em tudo, Ele seja exaltado!
“Que a mensagem a respeito de Cristo, em toda a sua riqueza, preencha a vida de vocês. Ensinem e aconselhem uns aos outros com toda a sabedoria. Cantem a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais com o coração agradecido.” (Colossenses 3:16 NVT)