Leitura Bíblica: Efésios 4:25-27
Versículo-chave: “Portanto, abandonem a mentira e digam a verdade a seu próximo, pois somos todos parte do mesmo corpo.” (Efésios 4:25 NVT)
Como seguidores de Cristo, a cada dia, e até o último instante da nossa vida terrena, somos chamados a dizer “não” ao nosso velho modo de viver, e “sim” à nossa nova vida em Cristo. Após tratar desse princípio, Paulo apresenta orientações práticas:
“Portanto, abandonem a mentira e digam a verdade a seu próximo, pois somos todos parte do mesmo corpo.” (Efésios 4:25 NVT)
Neste versículo, a orientação é: “não” à mentira, e “sim” à verdade. Existem inúmeras formas de mentir: distorcer a realidade, omitir informações, falar parcialmente a verdade, ou calar-se quando deveríamos manifestar – todas elas são condenadas pela Palavra de Deus.
No entanto, não basta abandonar a mentira, é preciso falar a verdade – algo que, em certos momentos, pode ser mais desafiador do que deixar de mentir. A franqueza pode gerar confronto e incômodo; por isso, a Escritura nos orienta a falar a “verdade em amor” (Efésios 4:15 NVT), comunicando-a no momento adequado e com a postura correta, para não ferirmos uns aos outros desnecessariamente.
E por que devemos agir assim com o nosso próximo? Porque somos membros uns dos outros. O alvo inicial de Paulo é o contexto da igreja, razão pela qual ele afirma que “somos todos parte do mesmo corpo”. Contudo, isso não nos autoriza a faltar com a verdade diante dos descrentes. No cristianismo, a verdade é absoluta, e a honestidade é um valor inegociável — seja no convívio entre irmãos, seja no ambiente profissional, acadêmico ou comercial
“E ‘não pequem ao permitir que a ira os controle’. Acalmem a ira antes que o sol se ponha, pois ela cria oportunidades para o diabo.” (Efésios 4:26-27 NVT)
Aqui, a orientação é: “não” à ira pecaminosa, e “sim” ao domínio próprio. Paulo cita o Salmo 4:4 para nos lembrar de que o problema não é a emoção da ira em si, mas o descontrole que muitas vezes a acompanha. A ira de Deus é santa e justa, mas a nossa, frequentemente, está contaminada por egoísmo, orgulho, vaidade e impureza — tornando-se, assim, em atitudes pecaminosas.
Outro cuidado essencial é não reter a ira no coração. Quando Paulo escreve – “acalmem a ira antes que o sol se ponha” – ele não sugere que permaneçamos irados até o fim do dia, mas que lidemos com essa emoção antes que ela se transforme em ressentimento, desejo de vingança, mágoa ou ódio. A ira não resolvida cria “oportunidades para o diabo”, que se aproveita de cristãos ofendidos para gerar divisões e romper a paz nos relacionamentos da igreja, na família e entre amigos.
Dessa forma, entendemos que a vida cristã não se limita a uma forma de crença, mas é um chamado diário a viver de maneira coerente com a nova identidade recebida em Cristo. Assim, rejeitar o velho homem e assumir o novo é um exercício contínuo, evidenciado em ações concretas como falar a verdade em amor, exercer o autocontrole, repudiar a mentira, liberar perdão, controlar a ira e preservar a unidade do corpo de Cristo. Cada decisão que tomamos nos aproxima da maturidade espiritual ou nos mantém na imaturidade. Que, sustentados pelo Espírito Santo, possamos manifestar, em toda a nossa conduta, o caráter de Cristo.
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