Leitura Bíblica: Marcos 8:1-13
Versículo-chave: “Ao ouvir isso, Jesus suspirou profundamente e disse: ‘Por que este povo insiste em pedir um sinal? Eu lhes digo a verdade: não darei sinal algum aos homens desta geração’.” (Marcos 8:12 NVT)
Outra grande multidão se aglomerou para ouvir os ensinamentos de Jesus por três dias consecutivos, e “mais uma vez, o povo ficou sem comida” (Marcos 8:1 NVT). Esse episódio nos oferece um breve vislumbre da magnitude e impacto do ministério de Jesus: as pessoas estavam dispostas a abrir mão do sustento físico para ouvi-Lo anunciar as boas novas do Reino de Deus. Mais uma vez, Jesus demonstrou preocupação com as necessidades físicas deles:
“Tenho compaixão dessa gente. Estão aqui comigo há três dias e não têm mais nada para comer. Se eu os mandar embora com fome, desmaiarão no caminho. Alguns vieram de longe.” (Marcos 8:2-3 NVT)
Ao chamar Seus discípulos para encontrar uma solução para aquela situação, nenhum deles disse: “O Senhor agirá como fez naquela ocasião, quando alimentou milhares com cinco pães e dois peixes?”. Em vez disso, ficaram desconcertados e, novamente, indagaram onde poderiam obter alimento suficiente. Os discípulos demoraram a compreender plenamente quem, de fato, era Jesus.
Mais uma vez, Jesus tomou a pouca comida disponível – sete pães e alguns peixes pequenos – agradeceu pelo que o Pai havia providenciado e, de maneira milagrosa, aproximadamente quatro mil pessoas se alimentaram até ficarem satisfeitas. Ao final, os discípulos recolheram sete grandes cestos cheios das sobras – um cesto para cada pão que havia no início. Esses cestos eram consideravelmente maiores do que aqueles doze mencionados anteriormente em Marcos 6:43. O tipo de cesto citado na segunda multiplicação é o mesmo usado para descer Paulo pelo muro em Damasco (Atos 9:25).
Depois que todos comeram, Jesus despediu a multidão, embarcou com Seus discípulos e atravessou para a região de Dalmanuta. Ali, os fariseus se aproximaram, exigindo dEle um sinal vindo do céu. A cegueira espiritual deles era tamanha que, mesmo tendo diante dos próprios olhos o maior de todos os sinais – o próprio Senhor Jesus – permaneceram incrédulos. Ouviram Suas palavras, testemunharam milagres extraordinários, mas, dominados pela cegueira, ainda assim pediram uma evidência celestial!
Os fariseus não tinham outro objetivo senão confrontar Jesus acerca de Sua identidade. Contudo, Ele não demonstrou qualquer disposição para se justificar diante deles:
“Ao ouvir isso, Jesus suspirou profundamente e disse: ‘Por que este povo insiste em pedir um sinal? Eu lhes digo a verdade: não darei sinal algum aos homens desta geração’.” (Marcos 8:12 NVT)
Não devemos nos admirar que Jesus tenha suspirado profundamente, pois, se alguma geração na história da humanidade foi privilegiada, certamente foi aquela geração judaica à qual pertenciam os fariseus. Entretanto, insensíveis à mais evidente prova de que o Messias havia chegado, não apenas pediram, mas “exigiram que lhes mostrasse um sinal do céu” (Marcos 8:11 NVT).
O suspiro profundo de Jesus – expressão de tristeza diante da incredulidade daquela geração – será sempre compartilhado por todos os cristãos genuínos. A dor causada pelos pecados alheios é uma das marcas mais visíveis da graça de Deus. A pessoa genuinamente convertida sempre contemplará os não convertidos com compaixão e zelo. Portanto, é necessário refletirmos: assim como nosso Salvador, temos suspirado, sofrido e nos entristecido ao ver as pessoas persistirem no pecado e na incredulidade?