Leitura Bíblica: Marcos 10:32-40
Versículo-chave: “Jesus chamou os Doze à parte e, mais uma vez, começou a descrever tudo que estava prestes a lhe acontecer.” (Marcos 10:32 NVT)
Jesus sempre teve uma percepção nítida e antecipada a respeito dos Seus sofrimentos e de Sua morte. Desde o início de Seu ministério terreno, Ele contemplava a cruz que estava diante de Si e a ela se dirigiu, de forma voluntária, como um servo disposto a sofrer. Quando o tempo previamente estabelecido chegou, Jesus Se preparou para oferecer Sua vida; entretanto, os discípulos estavam profundamente admirados e até distraídos com suas próprias preocupações egoístas. Naquela ocasião, Jesus, mais uma vez, “chamou os Doze à parte” a fim de falar sobre Sua morte e ressurreição:
“‘Ouçam’, disse Ele. ‘Estamos subindo para Jerusalém, onde o Filho do Homem será traído e entregue aos principais sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios. Zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão, mas depois de três dias Ele ressuscitará’.” (Marcos 10:33-34 NVT)
Enquanto Jesus deixava cada vez mais evidente o que iria acontecer, os discípulos, por sua vez, ficavam ainda mais perplexos. Na primeira vez em que Ele mencionou Sua morte, Pedro O repreendeu (Marcos 8:31-33). Quando voltou a falar sobre Seus sofrimentos e Sua morte, os discípulos passaram a discutir entre si quem seria o mais importante (Marcos 9:30-34). Agora, “Jesus chamou os Doze à parte e, mais uma vez, começou a descrever tudo que estava prestes a lhe acontecer”, mas Tiago e João estavam mais preocupados com posições de destaque:
“Então Tiago e João, filhos de Zebedeu, vieram e falaram com Ele: ‘Mestre, queremos que nos faça um favor’. ‘Que favor é esse?’, perguntou Jesus. Eles responderam: ‘Quando o senhor se sentar em seu trono glorioso, queremos nos sentar em lugares de honra ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda’.” (Marcos 10:35-37 NVT)
Tiago e João aproximam-se do Senhor, solicitando os lugares de maior prestígio no Reino. Enquanto Jesus trilhava o caminho da renúncia e do sacrifício, eles prosseguiam pela estrada da ambição e do desejo por reconhecimento. Apesar de todas as advertências claras feitas por Jesus, os irmãos Tiago e João continuavam buscando recompensas terrenas; não demonstravam qualquer preocupação em sondar as motivações de seus próprios corações.
“Jesus lhes disse: ‘Vocês não sabem o que estão pedindo! São capazes de beber do cálice que beberei? São capazes de ser batizados com o batismo com que serei batizado?’. ‘Somos!’, responderam eles.” (Marcos 10:38-39 NVT)
Quando lemos esses versículos, rapidamente percebemos a imprudência e até mesmo o absurdo do pedido desses dois discípulos, bem como a confiança presunçosa com que responderam a Jesus. Contudo, tristemente, somos lentos em reconhecer que nós também possuímos a mesma inclinação para fazer uma avaliação equivocada de nós mesmos. Com frequência, superestimamos nossa própria capacidade de resistir às provações e tentações. Como consequência, frequentemente passamos por experiências dolorosas, muitos desapontamentos e quedas consideráveis, todas resultantes do nosso orgulho. Portanto, que este relato sirva de lição para nos mostrar o valor de termos uma avaliação mais humilde e sensata acerca da nossa caminhada cristã.