Leia Hebreus 10:24,25a
“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando de congregar-nos, como é costume de alguns…”
Entendendo que não realizamos boas obras para sermos salvos, mas sim porque fomos salvos, passamos a ter nossos corações purificados da consciência culpada de tentar agradar a Deus por nossos próprios esforços, à parte da fé em Cristo. Nesse sentido, somos exortados pelo autor da carta aos Hebreus a “reter firmemente a confissão da nossa esperança”(Hebreus 10:23a), abraçando plenamente a verdade do Evangelho, agarrando-a como nosso tesouro mais valioso (leia Mateus 13:44).
Devemos fazer isso sem hesitação, sem duvidar de que “aquele que prometeu é fiel” (Hebreus 10:23b). Ou seja, o Deus que fez grandes e preciosas promessas aos cristãos é verdadeiro e zeloso à Sua Palavra; não há falsidade nem inconstância nEle. Sua fidelidade a Si mesmo deve nos encorajar a sermos fiéis e a dependermos mais de Suas promessas para nós, do que em nossas promessas para Ele. Ele é imutável (leia Tiago 1:17), nós não.
O autor aos Hebreus menciona que uma das maneiras de perseverarmos é “considerar uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”. Os cristãos devem ter um cuidado e preocupação compassiva uns pelos outros; devem ter compaixão pelas diversas necessidades, fraquezas e tentações dos outros; e devem fazê-lo não para criticar ou julgar, mas para estimular o amor e as boas obras.
Outra maneira eficaz, mencionada pelo autor, é “não deixar de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hebreus 10:25a), ou seja, não devemos negligenciar a congregação, não devemos abandonar o culto público. Congregar não é apenas um dever, mas também é uma necessidade de todo cristão, o meio pelo qual somos fortalecidos. Em outras palavras, o culto público é uma das formas concedidas por Deus a nós como “meio de graça”. No entanto, o texto enfatiza que “é costume de alguns” deixar de congregar – lembrando que “alguns” não se aplica aqui às pessoas que são impedidas involuntariamente de participar dos cultos públicos, tais como pessoas enfermas, por exemplo.
Quem são essas pessoas tão autossuficientes que não precisam desse meio de graça? Elas são realmente tão maduras ao ponto de dispensarem a congregação?
E aqui, não podemos deixar de mencionar nosso maior exemplo, Aquele que realmente poderia dispensar a congregação, porém, depois de ser batizado e tentado no deserto Jesus, o Cristo, voltou para Nazaré e foi à sinagoga, “segundo o Seu costume” (leia Lucas 4:16). Era hábito do nosso Senhor participar da adoração com o povo de Deus no local ao qual Ele pertencia. Sim, o Filho do Homem, perfeitamente puro e sem pecado, não negligenciava a participação regular no culto público.
Portanto, apesar das imperfeições humanas daqueles que lideram os cultos públicos, continuemos a enxergar o culto público como uma provisão divina para nós.
E, se você deixou de congregar, volte!
Entenda que precisamos considerar uns aos outros e nos encorajar mutuamente ao amor e às boas ações, “tanto mais, quando vemos que se vai aproximando aquele dia!”(Hebreus 10:25b)