“Este é o registro dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi e de Abraão.” (Mateus 1:1 NVT)
Os quatro evangelhos, de maneira geral, compartilham muitos elementos em comum: todos abordam o mesmo período histórico, registrando os ensinamentos e milagres de Jesus, além de descreverem sua morte e ressurreição. Contudo, apesar dessas semelhanças, cada um dos quatro evangelistas apresenta traços distintos que enriquecem nosso entendimento sobre seus relatos, revelando significados e estilos únicos.
No Evangelho segundo Mateus, Cristo é retratado como o Filho de Davi, o Rei Messiânico, o Leão da tribo de Judá. Essa narrativa é sustentada por diversos relatos:
- O livro inicia com o registro da genealogia real de Cristo, traçando sua linhagem desde Abraão (confira Mateus 1:2-16).
- O capítulo 2 destaca a jornada dos magos do Oriente (um detalhe importante, pois em nenhum momento a Bíblia menciona que eram três reis magos, apenas “alguns magos [ou sábios] do Oriente”) que visitaram Jerusalém em busca do rei dos judeus (confira Mateus 2:1,2).
- Nos capítulos 5 a 7 (confira), encontramos o renomado “Sermão do Monte”, que apresenta as leis do Reino dos Céus governado por Cristo.
- A entrada triunfal em Jerusalém, evidenciando a realeza de Jesus (confira Mateus 21:1-11).
- As últimas declarações de Jesus antes de sua ascensão, afirmando que toda autoridade lhe foi concedida no céu e na terra (confira Mateus 28:18).
Ao meditar nestes textos, percebemos facilmente que o livro de Mateus enfatiza fortemente que Jesus é o Messias prometido nas Escrituras do Antigo Testamento. Embora a mensagem desse evangelho seja direcionada a todas as pessoas, de todos os lugares e épocas, é evidente que foi escrito principalmente para o povo judeu.