“Quando estavam à mesa, comendo, Jesus disse: ‘Eu lhes digo a verdade: um de vocês que está aqui comendo comigo vai me trair’. Aflitos, eles protestaram: ‘Certamente não serei eu!’.” (Marcos 14:18-19 NVT)
Os discípulos perguntaram Jesus onde Ele gostaria que a refeição da Páscoa fosse preparada (confira Marcos 14:12). Jesus, então, deu-lhes orientações detalhadas sobre como encontrar o local, demonstrando mais uma vez Seu conhecimento infalível dos eventos futuros, assim como fizera ao dar instruções aos discípulos sobre como localizar o jumentinho que Ele montaria em Sua entrada triunfal em Jerusalém (confira Marcos 11:1-6).
Um homem carregando uma vasilha de água encontraria os dois discípulos que foram enviados por Jesus, e eles deveriam segui-lo. Ao adentrar a casa, deveriam falar ao proprietário:
“O Mestre pergunta: ‘Onde fica o aposento no qual comerei a refeição da Páscoa com meus discípulos?’” (Marcos 14:14 NVT)
Para nós, isso pode parecer um tanto incomum, mas os moradores de Jerusalém costumavam disponibilizar quartos para aluguel durante a festividade da Páscoa, para os peregrinos que vinham de longe. Jesus compartilhou a refeição da Páscoa com os Doze em um desses locais:
“Então os dois discípulos foram à cidade e encontraram tudo como Jesus tinha dito, e ali prepararam a refeição da Páscoa. Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze.” (Marcos 14:16-17 NVT)
Embora Judas já estivesse conspirando para trair Jesus naquela ocasião (confira Marcos 14:10-11), ele não foi excluído da celebração, mesmo sabendo o Mestre da sua maldade. A conversa à mesa provavelmente girava em torno da libertação de Israel e da preservação dos primogênitos. Até que Jesus os surpreendeu com uma declaração que mudaria todo o cenário:
“Quando estavam à mesa, comendo, Jesus disse: ‘Eu lhes digo a verdade: um de vocês que está aqui comendo comigo vai me trair’. Aflitos, eles protestaram: ‘Certamente não serei eu!’.”
Os discípulos estavam desfrutando da comunhão entre si, mas as palavras de Jesus transformaram a alegria em angústia. Eles passaram a desconfiar uns dos outros, pois Jesus ainda acrescentou:
“É um dos Doze. É alguém que come comigo da mesma tigela. Pois o Filho do Homem deve morrer, como as Escrituras declararam há muito tempo. Mas que terrível será para aquele que o trair! Para esse homem seria melhor não ter nascido.” (Marcos 14:20-21 NVT)
Partilhar uma refeição é um símbolo de amizade e confiança, o que torna a traição de Judas ainda mais deplorável. Embora Jesus tenha sido “entregue conforme o plano preestabelecido por Deus e seu conhecimento prévio daquilo que aconteceria” (confira Atos 2:23), isso não absolve Judas de sua culpa nem o livra de sua justa punição. Pelo contrário, “que terrível será para aquele que o trair!”.
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