“Então voltou para a casa de seu pai.” (Lucas 15:20a NVT)
A terceira ilustração usada por Jesus no Evangelho segundo Lucas, capítulo 15, fala sobre a alegria do pai ao encontrar o filho que estava perdido.
“Jesus continuou: Um homem tinha dois filhos. O filho mais jovem disse ao pai: ‘Quero a minha parte da herança’, e o pai dividiu seus bens entre os filhos. Alguns dias depois, o filho mais jovem arrumou suas coisas e se mudou para uma terra distante, onde desperdiçou tudo que tinha por viver de forma desregrada.” (Lucas 15:11-13 NVT)
Jesus procura demonstrar a ingratidão, o pecado e a degradação do filho mais jovem. Ele prova que o filho não tinha interesse no bem-estar de seu pai e de sua família. O comportamento daquele filho ao pedir sua parte da herança antes da morte do pai era considerado não somente desrespeitoso, mas desleal!
A história continua mostrando como o egoísmo do filho o levou à ruína:
“Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra, e ele começou a passar necessidade. Convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo, e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos. Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma.” (Lucas 15:14-16 NVT)
Em outras palavras, o filho acabou trabalhando para um estrangeiro em uma terra distante e teve que “cuidar dos porcos”, desejando até mesmo comer a comida daqueles animais para saciar sua fome. Foi quando, finalmente, o jovem caiu em si e disse:
“Até os empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui, morrendo de fome. Vou retornar à casa de meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como seu empregado’.” (Lucas 15:17-19 NVT)
Aquele jovem estava numa situação lamentável muito tempo antes de chegar ao ponto de realmente compreender isso. Sua queda foi gradual, mas ele já estava distante do pai há muito tempo. Uma pessoa não cai subitamente na situação descrita aqui. Aquilo aconteceu aos poucos, quase sem que ele percebesse e, mesmo depois que aconteceu, aquele jovem levou algum tempo para “cair em si”.
Assim também acontece conosco: o processo é tão sutil que mal percebemos. Contemplamos nosso rosto no espelho todas as manhãs e não notamos as mudanças que estão ocorrendo. E, frequentemente, quando começamos a perceber a dura realidade da nossa situação, evitamos deliberadamente confrontá-la. Preferimos colocar tais pensamentos de lado e nos ocupar com outras coisas.
No entanto, o correto, é enfrentar a nossa situação com honestidade e sinceridade assim como o filho mais jovem “caiu em si”. Ele enfrentou a realidade, refletiu e compreendeu que seus problemas eram consequência direta de suas próprias ações: que ele fora um tolo, que não devia ter abandonado a casa de seu pai, e certamente não devia tê-lo tratado de maneira tão desrespeitosa. O jovem olhou para si mesmo e mal acreditou no que viu, mas encarou a situação de frente e “então voltou para a casa de seu pai.”
E você, já fez um autoexame hoje?