“O Altíssimo, porém, não habita em templos feitos por mãos humanas. Como diz o profeta: ‘O céu é meu trono, e a terra é o suporte de meus pés. Acaso construiriam para mim um templo assim tão bom?’, diz o Senhor. ‘Que lugar de descanso me poderiam fazer? Acaso não foram minhas mãos que criaram o céu e a terra?’.” (Atos 7:48-50 NVT)
O Tabernáculo havia sido o núcleo da adoração nacional dos israelitas. Ele era uma constante lembrança da presença de Deus, independentemente dos lugares para onde o povo fosse. O primeiro foi erguido conforme o modelo que Deus havia mostrado a Moisés (confira Atos 7:44). Estêvão menciona também sobre a intenção de Davi em construir um lugar de habitação permanente para Deus, mas foi Salomão quem colocou tal plano em prática.
No entanto, Estêvão enfatiza que Deus não habitava no Templo, pois “o Altíssimo, porém, não habita em templos feitos por mãos humanas”! O Criador não pode ser limitado por nenhuma criatura. E, a partir desse ponto, Estêvão interrompe a narração que parecia apenas uma história para alguns ouvintes e volta-se para a situação atual dos líderes judeus, falando de forma mais incisiva e direta sobre Jesus:
“Povo teimoso! Vocês têm o coração incircuncidado e são surdos para a verdade. Resistirão para sempre ao Espírito Santo? Foi o que seus antepassados fizeram, e vocês também o fazem! Que profeta seus antepassados não perseguiram? Mataram até aqueles que predisseram a vinda do Justo, a quem vocês traíram e assassinaram!” (Atos 7:51-52 NVT)
Estêvão associou os antepassados dos judeus aos membros do conselho que queriam parecer receptivos à verdade de Deus, mas raramente desejavam ouvir a verdade sobre Deus proferida pelos profetas. Jesus fez, essencialmente, as mesmas acusações contra os mestres da lei e fariseus em Mateus 23:34-36.
Estêvão não hesitou em acusar o Sinédrio de entregar Jesus para morrer pelas mãos das autoridades, tornando-se seus assassinos. E deixou claro que a culpa deles foi ampliada porque “desobedeceram à lei de Deus” que haviam recebido (Atos 7:53 NVT). Tal acusação provocou naqueles líderes religiosos uma reação frequentemente usada para revelar convicção de pecado ou raiva (que era o caso dos membros do conselho):
“Os líderes judeus se enfureceram com a acusação de Estêvão e rangiam os dentes contra ele.” (Atos 7:54 NVT)
Portanto, diante de tais atitudes, é importante refletir:
Temos sido destemidos ao pregar a mensagem do Evangelho?
Qual tem sido nossa reação ao sermos confrontados pela Palavra sobre nosso pecado:
como os ouvintes do sermão de Pedro no dia de Pentecostes (Atos 2:37);
ou como os ouvintes do sermão de Estevão (Atos 7:54)?