“Portanto, façam morrer as coisas pecaminosas e terrenas que estão dentro de vocês. Fiquem longe da imoralidade sexual, da impureza, da paixão sensual, dos desejos maus e da ganância, que é idolatria.” (Colossenses 3:5 NVT)
Os fundamentos da nossa santificação, até aqui apresentados, ganham agora contornos práticos. Paulo nos exorta a mortificar o pecado, o grande empecilho na busca pelas “coisas do alto”. Visto que nosso dever é manter o foco nas realidades celestiais, também devemos subjugar os hábitos pecaminosos da mente que nos inclinam ao erro. Paulo especifica:
“Fiquem longe da imoralidade sexual, da impureza, da paixão sensual, dos desejos maus e da ganância, que é idolatria.”
Sem dúvida, tudo que foi citado por Paulo estão relacionadas com as “coisas pecaminosas e terrenas que estão dentro de nós”. Se não fôssemos seres sexuados não haveria para nós “imoralidade sexual”. Mas é crucial lembrar que o mal não reside na sexualidade em si! Somos impuros não por sermos homens e mulheres, ou por termos um corpo físico!
“Pois, de dentro, do coração da pessoa, vêm maus pensamentos, imoralidade sexual, roubo, homicídio, adultério, cobiça, perversidade, engano, paixões carnais, inveja, calúnias, orgulho e insensatez. Todas essas coisas desprezíveis vêm de dentro; são elas que os contaminam.” (Marcos 7:21-23 NVT)
O problema não é a sexualidade em si, mas sim vivê-la fora dos padrões estabelecidos pelo Criador, o que gera sofrimento e culpa. Fazem parte das coisas pecaminosas também os processos ocultos do coração: “impureza, paixão sensual e os desejos maus” – as diversas operações dos desejos carnais que se opõem à vida cristã. Logo, o que é pecaminoso não é o corpo ou a vida física em um mundo terreno, mas sim o coração deturpado, separado de Deus.
E visto que, para muitos, a vida se resume à busca pelo sustento, Paulo também menciona a “ganância, que é idolatria”. Ou seja, um amor desordenado pelos bens e prazeres deste mundo, que brota de uma valorização excessiva por parte da mente. Esse amor desmedido impede o uso e o prazer adequados dos bens presentes e gera um medo ansioso e uma tristeza exagerada com, até mesmo, a possibilidade de perdê-los.
A “imoralidade sexual, a impureza, a paixão sensual, os desejos maus e a ganância, que é idolatria” trazem consigo grande perversidade e provoca a Deus de maneira mais profunda do que normalmente imaginamos. Por isso, com profunda seriedade Paulo enfatiza:
“É por causa desses pecados que vem a ira de Deus.” (Colossenses 3:6 NVT)
Portanto, é preciso lembrar que a verdadeira santificação vem unicamente pela graça. Por meio da graça, podemos crer que, ao morrer, Jesus levou consigo o nosso “eu”. E, por causa de Cristo, torna-se possível “fazer morrer” todas essas coisas.
Louvado seja Deus pelo auxílio do Espírito Santo em nosso processo de santificação! Por meio dEle, o “fazer morrer as coisas pecaminosas e terrenas que estão dentro de nós” é algo que podemos exercer hoje, amanhã e a cada dia, tão certo como pela fé vivemos como pessoas que “morreram para esta vida, e agora nossa verdadeira vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3:3 NVT).