“Se você declarar com sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo.” (Romanos 10:9 NVT)
O Evangelho supera a lei, como Paulo mostra ao comparar suas naturezas. A justiça pela lei exige a prática para a vida (confira Levítico 18:5; Romanos 10:5), baseando-se na perfeita obediência para justificar e, para o homem natural, isso é praticamente impossível! No entanto, Paulo enfatiza que a justiça pela fé não está distante de nós, nem é inacessível, mas tão próxima quanto o coração e a boca. Para ilustrar tal explicação, ele cita Deuteronômio:
“Mas o modo pelo qual a fé torna alguém justo diz: ‘Não diga em seu coração: Quem subirá ao céu? (para trazer Cristo para a terra). E não diga: ‘Quem descerá ao lugar dos mortos?(para trazer Cristo de volta à vida)’. Na verdade, diz: ‘A mensagem está bem perto; está em seus lábios e em seu coração’.”
(Romanos 10:6-8 NVT; confira Deuteronômio 30:11-14)
Sob a lei, as pessoas precisavam obedecer a todos os seus mandamentos para ser justificado; o Evangelho, porém, apresenta uma obra já consumada em Cristo – encarnação, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão.
“Se você declarar com sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo.”
A salvação que o Evangelho apresenta e oferece é a salvação da culpa e da ira, uma salvação eterna, cujo autor é Cristo, o Salvador completo.
“Pois é crendo de coração que você é declarado justo, e é declarando com a boca que você é salvo. Como dizem as Escrituras: ‘Quem confiar nEle jamais será envergonhado’.” (Romanos 10:10 NVT)
Perceba que o versículo 9 enfatiza a confissão verbal após a fé, enquanto o versículo 10 ressalta que a fé precede a confissão. A confissão é vazia sem a fé no coração; ela deve proceder de um coração que crê no Evangelho sobre Cristo, especialmente Sua ressurreição, a base da fé cristã.
Vale lembrar que esta passagem não está estabelecendo a confissão pública como um pré-requisito para a salvação. Na época em que a carta aos Romanos foi escrita, confessar a Cristo como Senhor, tipicamente resultava em perseguição e, finalmente, em morte.
Assim, quando alguém confiou em Cristo e posteriormente O confessou como Senhor, sabendo que a perseguição certamente viria, esse indivíduo deu provas de uma salvação genuína. Portanto, a confissão pública não é o meio de salvação, mas sim, a evidência da salvação. Por isso, “como dizem as Escrituras: ‘Quem confiar nEle jamais será envergonhado’.” (Romanos 10:11 NVT)