“‘O que vocês acham que o dono do vinhedo fará?’, perguntou Jesus. ‘Ele virá, matará os lavradores e arrendará o vinhedo a outros’.” (Marcos 12:9 NVT)
Os judeus, aos quais Jesus contou a Parábola dos Lavradores Maus, entenderam claramente que ela se referia a eles. Compreenderam que tanto eles quanto seus antepassados eram os lavradores a quem a vinha havia sido confiada, e que deveriam ter produzido frutos para Deus. Reconheceram que eram os lavradores que se recusaram a entregar ao dono da vinha o que lhe pertencia por direito. No entanto, apesar de estarem convictos, seus corações permaneciam endurecidos no pecado.
Sendo assim, os judeus não poderiam esperar nada mais do que um terrível resultado:
“‘O que vocês acham que o dono do vinhedo fará?’, perguntou Jesus. ‘Ele virá, matará os lavradores e arrendará o vinhedo a outros’.”
Se os lavradores (judeus) apenas tivessem negado o fruto, o dono do vinhedo talvez não lhes tirasse a propriedade por falta de pagamento; porém, ao rejeitarem, insultarem, maltratarem e até mesmo assassinarem seus servos e seu filho amado, o dono do vinhedo decidiu destruí-los e arrendar o vinhedo a outros (gentios).
“Vocês nunca leram nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram se tornou a pedra angular. Isso é obra do Senhor e é maravilhosa de ver’?” (Marcos 12:10-11 NVT; confira Salmos 118:22-23)
A oposição dos judeus à exaltação de Cristo não será um obstáculo. Pois a pedra que os construtores rejeitaram é extremamente valiosa, posta como “pedra angular”. Deus exaltará seu Filho amado como Rei sobre todos. E todos verão e reconhecerão isso como “obra do Senhor”, em justiça para os judeus e em misericórdia para os gentios. A exaltação de Cristo é obra de Deus Pai “e é maravilhosa de se ver”.
A pedra era uma conhecida menção ao Messias (confira Daniel 2:34; Zacarias 4:7; 1 Coríntios 10:4; 1 Pedro 2:6-8); dessa forma, Jesus apresenta aos judeus – que rejeitaram quem poderia resgatá-los – uma dupla sentença: eles não apenas rejeitaram o Filho, mas também recusaram a “pedra angular”. Naquele momento, qual foi o impacto da parábola sobre os principais sacerdotes e mestres da lei?
“Os líderes religiosos queriam prender Jesus, pois perceberam que eram eles os lavradores maus a que Jesus se referia. No entanto, por medo da multidão, deixaram-no e foram embora.” (Marcos 12:12 NVT)
A parábola deveria tê-los levado ao arrependimento, mas ao invés disso, eles desejavam prender Jesus, cumprindo assim o que Ele acabara de dizer que fariam (confira Marcos 12:8). Apenas não o fizeram porque temiam que, se tocassem em Jesus publicamente, a multidão se revoltaria. Eles não respeitavam Jesus, nem temiam a Deus, mas tinham medo da reação do povo.
Portanto, oremos e vigiemos, pois quando os pecados dos homens não são vencidos pelas evidências da verdade, eles se tornam mais endurecidos. E, se o Evangelho não for um aroma de vida para a vida, será um cheiro de morte para a morte!
“Mas graças a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz triunfantemente. Agora, por nosso intermédio, ele espalha o conhecimento de Cristo por toda parte, como um doce perfume. Somos o aroma de Cristo que se eleva até Deus. Mas esse aroma é percebido de forma diferente por aqueles que estão sendo salvos e por aqueles que estão perecendo. Para os que estão perecendo, somos cheiro terrível de morte e condenação. Mas, para os que estão sendo salvos, somos perfume que dá vida. E quem está à altura de uma tarefa como essa?” (2 Coríntios 2:14-16 NVT)