“Enquanto Jesus passava pelo templo, os principais sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo vieram até Ele e perguntaram: ‘Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?’.” (Marcos 11:27-28 NVT)
Os principais sacerdotes e mestres da lei eram os líderes mais proeminentes reconhecidos dentro da comunidade judaica. Sendo assim, eles deveriam ser instrutores dos demais, contudo, demonstravam uma profunda inveja do Messias e até começaram a planejar uma maneira de matá-Lo (confira Marcos 11:18).
Tal comportamento deveria nos ensinar a não atribuir a nenhuma posição eclesiástica o “título” de infalibilidade. Eles devem ser seguidos, sim, mas apenas enquanto estiverem seguindo fielmente as Escrituras. Existe apenas um Sumo Sacerdote e Bispo das almas (confira 1 Pedro 2:25), que jamais comete erros e nunca se engana – nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Só nEle encontramos perfeição! Porém, aqueles homens “importantes” ficaram indignados ao ver Jesus sendo seguido e ouvido com atenção, e então vieram questioná-Lo:
“Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?’.”
Se conseguissem provar ao povo que Jesus não possuía uma autoridade legítima, poderiam dizer às pessoas que não deveriam dar ouvidos a Ele. Como estavam decididos a rejeitar a doutrina de Jesus, estavam determinados a encontrar alguma falha. Mas Jesus respondeu à pergunta deles com outra questão:
“Eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas se vocês responderem a uma pergunta: ‘A autoridade de João para batizar vinha do céu ou era apenas humana? Respondam-me!’.” (Marcos 11:29-30 NVT)
João era um profeta de Deus, reconhecido pelo povo, mas aqueles líderes religiosos haviam rejeitado a mensagem de João. Portanto, se eles respondessem que a autoridade de João vinha do céu, estariam indiretamente reconhecendo a autoridade divina de Jesus. Se dissessem que a autoridade de João era apenas humana, o povo os condenaria, pois todos acreditavam que João Batista era realmente um profeta.
“Eles discutiram a questão entre si: ‘Se dissermos que vinha do céu, Ele perguntará por que não cremos em João. Mas será que ousamos dizer que era apenas humana?’. Tinham medo do que o povo faria, pois todos acreditavam que João era profeta. Por fim, responderam: ‘Não sabemos’.” (Marcos 11:31-33a NVT)
Após uma rápida discussão, eles preferiram fingir ignorância a encarar a verdade. Suprimiram a voz da consciência e esconderam-se atrás da hipocrisia. É triste constatar que atitudes desonestas como essa sejam tão comuns até mesmo entre cristãos. Quando são pressionados a refletir sobre sua conduta, dizem coisas que sabem não serem verdadeiras. Alegam dificuldades para não estarem servindo a Cristo de forma adequada, quando, na realidade, demonstram com seu comportamento que “amam mais a escuridão do que a luz, porque seus atos são maus” (confira João 3:19).
Mas Jesus não se deixou intimidar, nem se prendeu a uma discussão infundada com aqueles líderes, apenas disse: “Então eu também não direi com que autoridade faço essas coisas” (Marcos 11:33b).
“Portanto, não nos preocupemos nem tenhamos medo de ameaças. Em vez disso, consagremos a Cristo como o Senhor da nossa vida. E, se alguém nos perguntar a respeito de nossa esperança, estejamos sempre preparados para explicá-la. Façamos, porém, de modo amável e respeitoso; mantendo sempre a consciência limpa. Então, se as pessoas falarem mal de nós, ficarão envergonhadas ao ver como vivemos corretamente em Cristo.” (1 Pedro 3:14-16 NVT)