“E, a respeito de Israel, o profeta Isaías clamou: ‘Embora o povo de Israel seja numeroso como a areia do mar, apenas um remanescente será salvo’.” (Romanos 9:27 NVT)

Após apresentar a promessa e falar sobre a soberania de Deus, o apóstolo Paulo passou a explicar como a rejeição dos judeus e a aceitação dos gentios estavam previstas no Antigo Testamento, e, portanto, eram compatíveis com a promessa feita aos antepassados. Os judeus, sem dúvida, consideravam as Escrituras do Antigo Testamento como autoridade e, por isso, Paulo mostra como esse aspecto, que tanto incomodava os judeus, foi abordado ali.

Primeiramente, ele menciona o profeta Oséias, que fala da aceitação de muitos gentios por Deus (confira Oséias 1:10; 2:23; Romanos 9:25-26). E, em seguida, cita o profeta Isaías, que fala da rejeição de muitos judeus, mas também da salvação de um remanescente:

“E, a respeito de Israel, o profeta Isaías clamou: ‘Embora o povo de Israel seja numeroso como a areia do mar, apenas um remanescente será salvo. Pois o Senhor executará sua sentença sobre a terra de modo rápido e decisivo’. E, como Isaías tinha dito em outra passagem: ‘Se o Senhor dos Exércitos não houvesse poupado alguns de nossos filhos, teríamos sido exterminados como Sodoma e destruídos como Gomorra’.” (Romanos 9:27-29 NVT; confira Isaías 1:9; 10:22-23).

Isso evidencia que, embora Deus, em Sua justiça, pudesse ter destruído todos os judeus, Ele escolheu salvar alguns pela Sua graça. No entanto, apenas um remanescente será salvo, como disse Jesus: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus 22:14 NVT). Assim, o Senhor completará Sua obra “de modo rápido e decisivo”, seja por meio do julgamento ou da misericórdia.

Portanto, vemos claramente a justiça e a retidão de Deus manifestadas em Sua misericórdia ao não destruir a todos, permitindo que alguns – judeus e gentios – sejam salvos. Se Ele tratasse todos segundo seus pecados, todos teriam perecido; esta é a grande verdade que essa passagem nos ensina. Ao agir com justiça para nos salvar, Deus enviou Seu Filho Unigênito para suportar a ira que deveríamos sofrer:

“Deus mostrou quanto nos amou ao enviar seu único Filho ao mundo para que, por meio dEle, tenhamos vida. É nisto que consiste o amor: não em que tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou seu Filho como sacrifício para o perdão de nossos pecados.” (1 João 4:9-10 NVT)