“As Escrituras declaram: ‘Meu templo será chamado casa de oração para todas as nações’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões!” (Marcos 11:17 NVT)
O versículo de hoje refere-se à purificação do templo e, tanto este episódio quanto a maldição da figueira infrutífera, simbolizam a lamentável condição espiritual da nação de Israel. Apesar de seus muitos privilégios e oportunidades (confira Romanos 9:4-5), Israel estava corrompido internamente e externamente sem frutos.
Após Sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus foi ao templo e observou tudo minuciosamente (confira Marcos 11:11). No dia seguinte, Ele voltou para restabelecer a ordem na casa de Deus, pois os sacerdotes a haviam transformado em um mercado, onde a avareza havia substituído a comunhão com Deus.
“Quando voltaram a Jerusalém, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que compravam e vendiam animais para os sacrifícios. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, impediu todos de usarem o templo como mercado.” (Marcos 11:15-16 NVT)
Jesus reforça Suas ações citando o Antigo Testamento:
“As Escrituras declaram: ‘Meu templo será chamado casa de oração para todas as nações’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões!” (confira Isaías 56:7; Jeremias 7:11)
Ao invés de buscarem o templo para romperem com o pecado, as pessoas estavam tentando se esconder das consequências do pecado no templo. Por isso Jesus afirmou que eles estavam transformando o templo em um “esconderijo de ladrões”. O templo estava se tornando um mercado, e os comerciantes se instalaram ali para vender seus produtos para o culto.
Além disso, os sacerdotes conspiravam com os comerciantes, pois, ao rejeitarem os sacrifícios que as pessoas traziam, forçavam-nas a comprar os animais vendidos ali. Sem mencionar os cambistas, que cobravam taxas exorbitantes daqueles que precisavam trocar seu dinheiro, repassando parte desse lucro aos sacerdotes. O templo havia perdido seu propósito.
A igreja (edifício onde acontece o culto cristão), em nenhum sentido, deve ser considerada tão sagrada quanto o Tabernáculo ou o Templo dos judeus. Ela não é construída em conformidade com um modelo celestial com o objetivo de simbolizar realidades celestiais. No entanto, isso não significa que este local deve ser usado com menos reverência. Mas o que vemos hoje? Igrejas transformando-se em empresas particulares, o púlpito em um balcão, o Evangelho em um produto e os crentes em clientes.
Portanto, sempre que nos reunirmos para prestar culto a Deus, cuidemos de chegar com uma atitude reverente. Não nos esqueçamos de onde estamos e por que estamos ali. O Senhor Jesus está vivo! Ele observa atentamente nossa conduta nos lugares de adoração pública, e toda irreverência ou profanação continua sendo ofensiva aos Seus olhos! Pois…
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre.” (Hebreus 13:8 NVT)