Leia Filipenses 3:17
“Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.”
Num primeiro olhar, poderia parecer que Paulo está agindo com arrogância ao fazer tal declaração aos filipenses. O apóstolo também compartilha essa orientação com os coríntios, mas com um importante acréscimo:
“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Coríntios 11:1)
A essência da mensagem de Paulo é que, enquanto ele se mantiver imitando a Cristo, deveria ser exemplo a ser seguido. Mas isso não se limitava a ele:
“Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.”
A expressão “tendes em nós”, possivelmente, engloba Timóteo “que serviu comigo no Evangelho, como filho ao pai” (Filipenses 2:22) e Epafrodito “meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates” (Filipenses 2:25). Paulo instrui os filipenses a observarem atentamente o modo como eles vivem e seguirem esse exemplo. Muitos discordam disso, mas a imitação é um elemento importante na vida cristã. Todos necessitamos de modelos cristãos positivos, que sejam encorajadores.
E, da mesma forma que Paulo aponta a si e seus companheiros como exemplos a serem seguidos, ele também destaca claramente aqueles que, absolutamente, não devem ser imitados:
“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.” (Filipenses 3:18,19)
Quem eram esses a quem Paulo se referia? Judaizantes, gnósticos? Não podemos afirmar, mas é crucial focar nas características enumeradas pelo apóstolo: eles “são inimigos da cruz de Cristo”; se o “fim deles é a perdição”, significa que não são cristãos; o “deus deles é o ventre” – desejosos por comida, bebida, conforto e prazer; a glória deles se baseia em coisas confusas e vergonhosas; e eles só se preocupam com assuntos terrenos.
Portanto, somente aqueles que verdadeiramente não desviam o olhar do “prêmio da soberana vocação de Deus” poderão escapar do perigo de imitar os “inimigos da cruz de Cristo”. Consequentemente, aqueles que prosseguem para o alvo, serão e buscarão bons exemplos para imitar.
Por isso, reflita: se você tivesse que escolher hoje um exemplo cristão a ser seguido, quais seriam os pontos mais relevantes?
E se alguém o escolhesse como exemplo, quais aspectos você acredita que seriam mais relevantes?