“Se alguém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24 NVT)
Após comunicar aos seus discípulos que estava destinado a sofrer e que estava preparado para isso, Jesus destacou a importância de seus seguidores também estarem prontos e dispostos a enfrentar desafios durante o processo de discipulado. É crucial ressaltar que discipulado não se limita apenas ao ato de ensinar aos outros, mas também envolve aprender. Afinal de contas, todos estamos sendo instruídos pelo Mestre Jesus, o que implica que permaneceremos em constante aprendizado.
Jesus inicia a explanação dos termos do discipulado com a seguinte afirmação: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo…”. Essa condição é fundamental para todos que desejam ser parte daqueles que seguem a Cristo com sinceridade e determinação, como um servo devotado a seu Mestre. O distintivo do cristão é ter renunciado a si mesmo e tomado sobre si a soberania absoluta de Cristo Jesus:
“E agora, assim como aceitaram Cristo Jesus como Senhor, continuem a segui-lo.” (Colossenses 2:6 NVT)
A vida cristã pode ser comparada a uma corrida na qual os corredores devem “livrar-se de todo peso que os torna vagarosos e do pecado que os atrapalha, e correr com perseverança a corrida que foi posta diante deles” (confira Hebreus 12:1). O pecado, muitas vezes, encontra suas raízes em nosso próprio ego, que busca satisfazer a vontade própria e seguir nosso próprio caminho.
Essa “corrida”, portanto, começa com a renúncia própria e prossegue com a mortificação das obras da carne. Dessa forma, o mandamento “negue-se a si mesmo” significa “renunciar completamente” à nossa natureza pecaminosa e caída.
“Se, contudo, pelo poder do Espírito, fizerem morrer as obras do corpo, viverão.” (Romanos 8:13 NVT)
Portanto, “negar a si mesmo” implica em abandonar a busca pela justiça própria (confira Filipenses 3:9); desistir da pretensa sabedoria pessoal; renunciar totalmente à própria força e depender da graça em Cristo Jesus (confira 2 Timóteo 2:1); reconhecer que não pertencemos a nós mesmos, pois fomos comprados por um alto preço (confira 1 Coríntios 6:19-20). Em resumo, negar a si mesmo é rejeitar luxúrias, desejos carnais, impiedade e concupiscências mundanas para viver, “neste mundo perverso, com sabedoria, justiça e devoção” (Tito 2:12 NVT).
Reflita sobre isso!