“Jesus sabia que os fariseus tinham ouvido dizer que Ele batizava e fazia mais discípulos que João, embora Jesus mesmo não os batizasse, e sim Seus discípulos.” (João 4:1-2 NVT)
O ponto principal do versículo de hoje é o batismo que, inclusive, era realizado pelos discípulos, e não por Jesus. A partir dessa observação, podemos concluir que batizar não era uma prioridade na obra de Cristo. Com isso, devemos também entender que o batismo não é o cerne do cristianismo. Frequentemente vemos nos relatos dos evangelistas que Jesus se dedicou ao ensino, à pregação e à oração, mas não encontramos evidências de que Ele tenha batizado pessoalmente. Essa era uma função que Ele confiava aos Seus seguidores.
Embora o batismo seja uma ordenança estabelecida pelo próprio Cristo e que nunca deve ser negligenciada, é fundamental afirmar que a missão primordial da Igreja de Cristo não é batizar, mas proclamar o Evangelho. Como o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios:
“Cristo não me enviou para batizar, mas para anunciar as boas-novas, e não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não perca seu poder.” (1 Coríntios 1:17 NVT)
Quando o Evangelho é proclamado com fidelidade, não há motivo para temer que as ordenanças sejam negligenciadas. Dessa forma, tanto o batismo quanto a ceia do Senhor serão continuamente praticados com a devida reverência nas igrejas onde a verdade de Cristo é ensinada de forma adequada.
No batismo, somos exortados a morrer para os desejos carnais e viver de maneira reta, justa e piedosa. Pois, “pelo batismo, morremos e fomos sepultados com Cristo. E, assim como Ele foi ressuscitado dos mortos pelo poder glorioso do Pai, agora nós também podemos viver uma nova vida” (Romanos 6:4 NVT).
O batismo, por si só, não tem o poder de salvar; porém, todos os que são salvos confirmam sua fé por meio do batismo. Além disso, quando uma igreja cristã batiza alguém, não está afirmando que essa pessoa é definitivamente crente em Jesus, pois somente Deus, por meio do Espírito, pode realizar um batismo que transforma alguém infalivelmente em cristão (confira 1 Coríntios 12:13).
O batismo no Espírito Santo é o sinal invisível que une o salvo à Igreja invisível. Já o batismo com água é um sinal externo e visível, aplicado pela Igreja visível. Portanto, não é o batismo com água que nos garante a salvação, mas sim o batismo no Espírito Santo!
“E, quando cremos em Cristo, Ele colocou sobre nós o selo do Espírito Santo que havia prometido. O Espírito é a garantia de nossa herança, até o dia em que Deus nos resgatará como Sua propriedade, para o louvor de Sua glória.” (Efésios 1:13-14 NVT)