“Não há condenação alguma para quem crê nEle. Mas quem não crê nEle já está condenado por não crer no Filho único de Deus.” (João 3:18 NVT)
Jesus prossegue explicando a Nicodemos que, se Deus tivesse o propósito de condenar o mundo, Ele poderia facilmente enviar Seus anjos para derramar o cálice de Sua ira. Se o Senhor quisesse nos destruir, Ele não teria enviado Seu Filho, que veio com toda autoridade para julgar. No entanto, Jesus não iniciou com um julgamento condenatório, nem nos acusou diretamente pelo pecado de Adão. Pelo contrário, “Deus enviou Seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele” (João 3:17 NVT).
Deus estava em Cristo “reconciliando consigo o mundo” (confira 2 Coríntios 5:19) e, desta forma, resgatando-o. Agora, a humanidade está dividida em dois grupos: os que creem e os que não creem. Quem deposita sua confiança no Salvador não é condenado, mas quem não crê “já está condenado”.
Mesmo que uma pessoa seja grande pecadora, através da fé, este processo é interrompido, o veredito é suspenso e ela não é sentenciada, ou seja, ela é absolvida, não recebe a punição severa e justa que seus pecados merecem. “Não há condenação alguma para quem crê”, e por isso, o pecador perdoado pode ser acusado, mas, por causa de Cristo, ele pode declarar com confiança:
“Quem se atreve a acusar os escolhidos de Deus? Ninguém, pois o próprio Deus nos declara justos diante dEle. Quem nos condenará, então? Ninguém, pois Cristo Jesus morreu e ressuscitou e está sentado no lugar de honra, à direita de Deus, intercedendo por nós.” (Romanos 8:33-34 NVT)
O pecador perdoado pode ser maltratado, perseguido e desprezado pelo mundo, mas não será condenado juntamente com ele; pois, “quando somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Coríntios 11:32 NVT). Por outro lado, quão grave é o pecado dos incrédulos! Ele se agrava ainda mais pela grandeza da Pessoa que eles rejeitam. Eles não creem no “Filho único de Deus”, que é infinitamente justo e bom.
Assim, os incrédulos já estão condenados, uma sentença definitiva os aguarda. A incredulidade é considerada o pecado condenatório supremo, pois ela mantém os incrédulos culpados de todos os seus outros pecados.
“E a condenação se baseia nisto: a luz de Deus veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais a escuridão que a luz, porque seus atos eram maus. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima dela, pois teme que seus pecados sejam expostos.” (João 3:19-20 NVT)
Jesus é a luz que veio ao mundo. Contudo, aqueles que amam as trevas rejeitam essa luz, porque ela revela sua maldade. Os judeus amavam as sombras obscuras da lei e os ensinamentos dos seus líderes cegos mais do que a Cristo. Os gentios preferem seus cultos pagãos ao culto racional que o Evangelho requer. Dessa forma, os incrédulos escolhem as trevas em vez da luz, pois suas obras são más.Assim, o Evangelho é visto como uma ameaça aos ímpios, que rejeitam essa luz e se afastam o máximo possível, para que seus atos perversos não sejam expostos (confira Efésios 5:13) e condenados.
“Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que outros vejam que ele faz a vontade de Deus.” (João 3:21 NVT)