“Agora, porém, conforme prometido na lei de Moisés e nos profetas, Deus nos mostrou como somos declarados justos diante dele sem as exigências da lei: somos declarados justos diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo, e isso se aplica a todos que creem, sem nenhuma distinção.” (Romanos 3:21,22 NVT)
Muitos de nós conhecemos a história inspiradora do destemido monge alemão, Martinho Lutero, afixando suas noventa e cinco Teses na porta da igreja em Wittenberg, em 31 de Outubro de 1517. Entendemos que uma de suas grandes preocupações foi a doutrina da justificação pela fé somente. E alguns de nós reconhecemos que essa verdade tem sido uma marca da pregação fiel desde então.
O termo “justificado” significa que “somos declarados [declarados, não feitos] justos diante dele sem as exigências da lei”. Quando dizemos que somos justificados pela fé, enfatizamos que somos declarados justos, não por nossa própria justiça, mas, antes, “somos declarados justos diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo”.
Ser justificado pela fé não significa que somos justificados com base na nossa crença, por causa da nossa crença, ou sobre o fundamento da nossa própria crença – o que seria simplesmente outra maneira de dizer que somos justificados por algo que somos ou fazemos. Justificado pela fé significa que a fé é o instrumento ou o meio pelo qual recebemos a justificação graciosa de Deus, uma declaração baseada em algo externo a nós mesmos.
Portanto, a doutrina da justificação pela fé não significa meramente que somos justificados pela nossa fé em oposição às nossas obras. Não é que a nossa fé que nos salva, ao invés de nossas obras; ou que nossa fé é a base de nossa salvação, ao invés de nossas obras. Pelo contrário, a doutrina da justificação pela fé afirma que somos justificados pela graça de Deus, não por causa de nossas obras, mas devido à obra perfeita de Jesus Cristo que “se aplica a todos que creem, sem nenhuma distinção.”