“Sim, eu sei que vocês são descendentes de Abraão. E, no entanto, procuram me matar, pois não há lugar em seu coração para a minha mensagem.” (João 8:37 NVT)
Os judeus orgulhavam-se de sua linhagem direta de Abraão, como se isso fosse suficiente para cobrir suas falhas. Além disso, alegavam ser os “privilegiados” de Deus. Contudo, não compreendiam que a conexão meramente física com Abraão não tinha valor algum, a menos que experimentassem a mesma graça que o salvou. Ignoravam o fato de que Deus escolheu Abraão como líder de uma nação com um propósito maior, e que isso não garantia salvação automática a seus descendentes, a menos que seguissem os passos de fé e obediência do patriarca.
“Sim, eu sei que vocês são descendentes de Abraão. E, no entanto, procuram me matar, pois não há lugar em seu coração para a minha mensagem.”
Jesus reconheceu que, no âmbito genealógico, aqueles judeus eram realmente descendentes de Abraão. No entanto, espiritualmente, estavam longe de ser como ele, pois não demonstravam o mesmo caráter piedoso que Abraão tinha.
“Eu lhes digo o que vi quando estava com meu Pai, mas vocês seguem o conselho do pai de vocês.” (João 8:38 NVT)
Jesus afirmava que sua comunhão com o Pai era tão íntima que suas palavras eram a expressão direta da vontade de Deus. Por outro lado, os judeus seguiam os ensinamentos e as práticas de seus pais, mas Jesus deixou claro que Ele não se referia aos pais biológicos, e sim ao diabo. Ainda assim, os judeus insistiam em afirmar sua descendência de Abraão. Porém, Jesus enfatizou novamente que, embora fossem fisicamente descendentes dele, não agiam como filhos legítimos (confira João 8:39-40).
Os judeus retrucaram:
“Não somos filhos ilegítimos! O próprio Deus é nosso verdadeiro Pai!” (João 8:41 NVT)
Por mais surpreendente que pareça, muitas pessoas que se identificam como cristãs hoje em dia comportam-se exatamente como aqueles judeus. A fé delas é reduzida a um conjunto de ideias vagas, sem maior profundidade ou sabedoria do que as declarações dos adversários de Jesus. Dizem frequentar a igreja regularmente, terem sido batizadas e participado da Ceia do Senhor, mas nada além disso conseguem expressar. Não entendem os fundamentos do Evangelho, desconhecem a graça de Deus, o arrependimento, a santidade e a verdadeira humildade espiritual. Há milhares de “cristãos” vivendo nessa condição.
No entanto, participar dos cultos em uma igreja bíblica e ser nascido em uma família de pais cristãos não constitui uma prova de que nós mesmos estamos no caminho da salvação. Precisamos mais do que isso, é necessário que sejamos unidos ao próprio Cristo por meio de uma fé viva. Portanto…
“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e edificados nEle e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças.” (Colossenses 2:6-7 NVT)