“Jesus disse aos judeus que creram nEle: ‘Vocês são verdadeiramente meus discípulos se permanecerem fiéis a meus ensinamentos. Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará’.” (João 8:31-32 NVT)
A Bíblia afirma que, após Jesus revelar quem Ele era, de onde tinha vindo, para onde estava indo e quem eram Suas testemunhas, “muitos que o ouviram dizer essas coisas creram nEle” (João 8:30 NVT). No entanto, não há evidências de que essa crença fosse genuína. Parece que foram movidos pelas emoções do momento, sem refletir profundamente sobre o que estavam professando. Por essa razão, Jesus advertiu diretamente “aos judeus que creram nEle”:
“Vocês são verdadeiramente meus discípulos se permanecerem fiéis a meus ensinamentos. Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.”
Existem vários fatores que podem levar alguém a declarar que crê. Motivada por esses impulsos, uma pessoa pode iniciar sua caminhada cristã, abandonar velhos hábitos, adotar novos comportamentos, desenvolver pensamentos e sentimentos transformados e, por um período, seguir aparentemente bem. Contudo, quando a empolgação inicial se dissipa, quando o mundo e as tentações começam a pressioná-la, e quando as fragilidades do coração se manifestam, ela percebe os reais desafios de ser um discípulo verdadeiro.
Portanto, o que realmente prova a ação da graça de Deus em alguém não é apenas o começo, mas a perseverança ao longo do caminho. É válido ter esperança ao observar sinais iniciais de conversão; porém, não devemos nos apressar em afirmar que houve uma verdadeira transformação até que o tempo revele os frutos dessa nova vida espiritual. Onde há vida espiritual sincera, há também uma perseverança contínua.
Ao considerar a doutrina da Perseverança dos Santos, é fundamental esclarecer o que ela não representa. Essa doutrina não afirma que todos os que frequentam uma igreja, que receberam o batismo ou que aparentam ser crentes, irão necessariamente perseverar até o fim. Tampouco sugere que um cristão pode viver de forma negligente, entregando-se ao pecado sem consequências. De forma alguma!
Perseverar remete a uma prática contínua, ou seja, a Perseverança dos Santos está vinculada a uma ação sustentada pela graça divina, pela qual Deus mantém os crentes firmes em Cristo Jesus. Ele os fortalece por meio da fé ao longo de suas vidas, garantindo que alcancem a salvação. Portanto, o cristão persevera exclusivamente por causa da preservação infalível de Deus, que os conduz à verdade que liberta: “Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
Dessa forma, é importantíssimo destacar que apenas aqueles que são realmente salvos perseveram e são fiéis aos ensinamentos de Cristo. Para eles, há uma promessa encorajadora:
“Ele os manterá firmes até o fim, para que estejam livres de toda a culpa no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Coríntios 1:8 NVT)