“Por que vocês consideram blasfêmia quando eu digo: ‘Eu sou o Filho de Deus’? Afinal, o Pai me consagrou e me enviou ao mundo.” (João 10:36 NVT)
Os líderes judeus desafiaram Jesus a declarar abertamente se Ele era o Cristo. Mesmo após Jesus afirmar e demonstrar que era o Messias, os judeus, ainda assim, procuraram apedrejá-lo como se fosse um criminoso (confira João 10:31). Jesus os repreendeu, dizendo:
“Por orientação de meu Pai, eu fiz muitas boas obras. Por qual delas vocês querem me apedrejar?” (João 10:32 NVT)
As obras realizadas por Jesus eram manifestações do poder de Deus, tão grandiosas e sobrenaturais que provavam que Ele havia sido enviado por Deus. Ele executou essas obras publicamente, à vista de todos, demonstrando de maneira clara e incontestável que possuía autoridade divina. Seus milagres estão além dos feitos extraordinários, incluindo também atos de amor, bondade e compaixão. Por isso, Ele questionou: “Por qual delas vocês querem me apedrejar?”.
A resposta dos líderes revelaram sua ingratidão contra Deus:
“Eles responderam: ‘Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas por blasfêmia. Você, um simples homem, afirma que é Deus!’.” (João 10:33 NVT)
Buscando justificativa na lei (confira Levítico 24:16) eles buscaram legitimar sua acusação de blasfêmia contra Jesus, que significa a ofensa de falar de forma desrespeitosa ou maldosa sobre Deus. No entanto, quem estava blasfemando eram os próprios líderes, ao considerarem Jesus “um simples homem” e julgar que Sua declaração de ser igual ao Pai era uma usurpação.
Jesus refutou a acusação de blasfêmia utilizando a própria Escritura como base. Ele citou Salmos 82:6 onde “deuses” é o termo usado para se referir aos que receberam a palavra de Deus. Alguns, como Moisés, receberam a palavra diretamente; outros a receberam por meio de ordenanças instituídas. Os juízes e magistrados, como representantes de Deus, também eram chamados de “deuses” nas Escrituras.
Com isso, Jesus concluiu com o seguinte argumento: se aqueles que receberam a palavra de Deus foram chamados de “deuses”, “por que vocês consideram blasfêmia quando eu digo: ‘Eu sou o Filho de Deus’? Afinal, o Pai me consagrou e me enviou ao mundo”. Ele explicou que, se os magistrados eram assim designados para administrarem a justiça em uma região ou nação, quanto mais Ele, que havia sido santificado e enviado pelo Pai ao mundo inteiro, com autoridade universal como Senhor sobre tudo!
Mesmo após responder completamente à acusação de blasfêmia, os líderes judeus procuraram prender Jesus e processá-Lo como alguém que representava ameaça ao estado. No entanto, “Jesus escapou e os deixou” (João 10:39 NVT). Ele não fugiu por medo do sofrimento, mas porque ainda não havia chegado o momento determinado por Deus. Portanto, Aquele que soube como livrar a Si mesmo em tempo oportuno, certamente saberá como livrar Seus escolhidos da tentação.
Pois, “as tentações em sua vida não são diferentes daquelas que outros enfrentaram. Deus é fiel, e Ele não permitirá tentações maiores do que vocês podem suportar. Quando forem tentados, Ele mostrará uma saída para que consigam resistir.” (1 Coríntios 10:13 NVT)
Creia! 🙌