“Mas vocês não creem em mim porque não são minhas ovelhas. Minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (João 10:26-27 NVT)
Jesus destacou, por três vezes neste capítulo, a entrega de Sua vida em favor de Suas ovelhas (confira João 10:11, 15, 17). Acerca dessa entrega, dois aspectos se destacam:
“Ninguém a tira de mim, mas eu mesmo a dou. Tenho autoridade para entregá-la e também para tomá-la de volta, pois foi isso que meu Pai ordenou.” (João 10:18 NVT)
Primeiramente, a morte de Jesus foi totalmente voluntária. Nenhuma força humana poderia prendê-lo sem Sua permissão. Ele evitou ser capturado e morto até que chegasse o momento exato em que “o Filho do Homem seria glorificado” (João 12:23 NVT). Em segundo lugar, Jesus possuía o poder tanto para entregar Sua vida quanto para recuperá-la. Ele se submeteu à morte, mas triunfou sobre ela ao ressuscitar. Tudo isso ocorreu de acordo com o que o Pai havia planejado.
Para os opositores de Jesus, essas palavras são tão absurdas e contraditórias que eles as consideraram afirmações insanas e blasfemas, características de alguém possuído por um demônio. Contudo, muitos entre a multidão perceberam que Jesus era sensato, afinal, pessoas endemoninhadas não realizaram milagres como dar visão aos cegos! (confira João 10:19-21)
Os judeus cercaram Jesus, exigindo uma declaração clara sobre Sua identidade: Ele era o Messias ou não? Pois não tinha como negar que os sinais milagrosos estavam além das capacidades de qualquer ser humano comum e os ensinamentos que carregavam uma autoridade incomparável. A resposta de Jesus trouxe uma lembrança de Suas palavras anteriores (confira João 10:25), acrescida de uma contundente verdade:
“Mas vocês não creem em mim porque não são minhas ovelhas.”
Esta era a razão da incredulidade dos líderes judeus: eles não são ovelhas de Jesus. Ao dizer isso, Ele enfatizou que a salvação não depende da descendência ou linhagem, mas da fé que leva a segui-Lo.
“Minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”
As ovelhas que o Pai entrega ao Filho ouvem a Sua voz e, em obediência, passam a segui-Lo. Às Suas ovelhas, Cristo concede a vida eterna, um dom que não depende do comportamento humano, mas da regeneração que produz o desejo de viver em santidade. Esse desejo pela santidade não deve ser motivado pelo medo de perder a salvação, mas pela gratidão Àquele que deu Sua vida por nós:
“Eu lhes dou a vida eterna, e elas nunca morrerão. Ninguém pode arrancá-las de minha mão, pois meu Pai as deu a mim, e Ele é mais poderoso que todos. Ninguém pode arrancá-las da mão de meu Pai. O Pai e eu somos um.” (João 10:28-30 NVT)