“Sim, eu sou a videira; vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, produz muito fruto. Pois, sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5 NVT)
Os discípulos de Jesus são identificados pelo fruto que produzem, e esse fruto sempre será dependente de Cristo; pois Ele declarou: “sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma”. Assim, só podemos verdadeiramente ser chamados de “discípulos de Cristo” se glorificarmos ao Pai dando muito fruto:
“Quando vocês produzem muitos frutos, trazem grande glória a meu Pai e demonstram que são meus discípulos de verdade.” (João 15:8 NVT)
Frequentemente, tendemos a medir nossa maturidade espiritual com base em nosso “desempenho” externo, como evitar linguagens impróprias, por exemplo. No entanto, esses critérios são superficiais e não refletem a verdadeira evidência do fruto do Espírito, que muitas vezes é ignorado ou minimizado. Os fariseus caíram nessa armadilha, e Jesus os criticou dizendo:
“Tudo que fazem é para se exibir. Usam nos braços filactérios mais largos que de costume e vestem mantos com franjas mais longas.” (Mateus 23:5 NVT)
Em função disso, muitos negligenciam o fruto do Espírito – que é a essência do caráter cristão. É muito mais fácil evitar comportamentos específicos do que desenvolver o domínio próprio. Também negligenciamos porque estamos mais interessados nos dons do Espírito do que no fruto. Mas é preciso lembrar que alguém pode realizar feitos notáveis em nome de Cristo – como profetizar, expulsar demônios e realizar milagres – mas, ainda assim, ser rejeitado pelo Senhor:
“No dia do juízo, muitos me dirão: ‘Senhor! Senhor! Não profetizamos em teu nome, não expulsamos demônios em teu nome e não realizamos muitos milagres em teu nome?’. Eu, porém, responderei: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que desobedecem à lei!’.” (Mateus 7:22-23 NVT)
A Bíblia compara tanto a carne (as inclinações pecaminosas do coração) quanto o estado transformado pela graça de Deus a árvores: uma produz frutos ruins, a outra produz frutos bons. Quando vivemos segundo a carne, nossas ações refletem inclinações pecaminosas (confira Gálatas 5:19-21). Porém, quando somos regenerados pelo Espírito Santo, Ele produz em nós o Seu fruto que é:
“Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Não há lei contra essas coisas!” (Gálatas 5:22-23 NVT)
Portanto, todo ser humano sem Cristo inevitavelmente produzirá frutos nocivos e indignos. Mesmo que, ocasionalmente, surjam exemplos notáveis de nobreza, fidelidade, temperança e generosidade em não regenerados, tais atos são apenas superficiais. Por outro lado, todo cristão genuíno possui o fruto completo do Espírito, graças a Cristo.
Assim como não existe uma laranja sem todos os seus gomos, todo cristão possui o fruto completo e entende que todas as virtudes e boas obras vêm do Espírito Santo. O homem, por si só, só pode produzir o mal, enquanto o que é bom e virtuoso provém exclusivamente da obra do Espírito Santo!
Soli Deo Gloria